Pena (Ao Vivo)

O poeta pena
Quando cai o pano, e o pano cai
Um sorriso por ingresso
Falta assunto, falta acesso
Talento traduzido em cédula
E a cédula tronco é a cédula mãe solteira

O poeta pena
Quando cai o pano e o pano cai
Acordes em oferta, cordel em promoção
A prosa presa em papel de bala
Música rara em liquidação

E quando o nó cegar
Deixa desatar em nós
Solta a prosa presa, a luz acesa
Lá se dorme um sol em mim menor

Eu sinto que sei que sou um tanto bem maior
Eu sinto que sei que sou um tanto bem maior
Eu sinto que sei que sou um tanto bem maior
Eu sinto que sei que sou um tanto bem maior

O palhaço pena
Quando cai o pano e o pano cai
A porcentagem e o verso
Rifa, tarifa e refrão
Talento provado em papel moeda
Poesia metamorfoseada em cifrão

O palhaço pena
Quando cai o pano, e o pano cai
Meu museu em obras, obras em leilão
Atalhos, retalhos, sobras
A matemática da arte em papel de pão

E quando o nó cegar
Deixa desatar em nós
Solta a prosa presa, a luz acesa
Já se abre um sol em mim maior

Eu sinto que sei que sou um tanto bem maior
Eu sinto que sei que sou um tanto bem maior
Eu sinto que sei que sou um tanto bem maior
Eu sinto que sei que sou um tanto bem maior

Eu sinto que sei que sou um tanto bem maior
Eu sinto que sei que sou um tanto bem maior
Eu sinto que sei que sou um tanto bem maior
Eu sinto que sei que sou um tanto bem maior

Eu sinto que sei que sou (um tanto bem maior)
Eu sinto que sei que sou (um tanto bem maior)
Eu sinto que sei que sou um tanto bem maior
Eu sinto que sei que sou um tanto bem maior
Vai, vai

Eu sinto que sei que sou um tanto bem maior
Boa noite sem horas e sem dores!



Credits
Writer(s): Ruben Zepeda Cervantes
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