Perigos Razões

Quantos anos de solidão
Para aprender
Que não é virtude o sofrimento
No embate a indiferença
A razão me prega peças com ilusão
Descrença, dor e ressentimento

Fingir que está tudo bem
Não pode ser a solução
Eu já me resvalei
Nas fendas da escuridão
Já errei a mão

Quantos estranhos, incrédulos
Cegos veem sem te enxergar
Mulher, ser invisível
Tentando em vão me alcançar
Sua dor sem par

Por que minha teofania?
Eu te fujo à compreensão
Nos levam pelos braços
Nos arrastam pelas mãos
Tua maior prisão

Desde o princípio
Em meus delírios você vê
Não é minha opção
Pois o lamento
Da natureza fria a compreensão
De que a chuva é audição
Olfato, tato, covarde ter sentimento

Em seus olhos estão vozes
Que em meus ouvidos ecoam
Eu também ouço cores
Que seus rancores caçoam
Deles destoam

Você celebra vitórias
De tempos idos, histórias
Sonhos por mim tolhidos
Em toda grandeza e glória
Perda e memória

Não é difícil entender
A estima de um sorriso amigo
Quem soube dar um abraço, calor, chão, abrigo
Que entendeu o peso que a vida traz comigo

Danos, reparos
São meras percepções
Sinais cruzados
Pensamentos riscados
Subversões

Porque tem gato rondando
Vai subir as escadas, perigos, razões
Pedidos de ajuda ignorados
Antenas quebradas, interlocuções

Em sua mesa do almoço
A mão cruza o pescoço
Modernas imolações



Credits
Writer(s): Domenico Netto Lancellotti, Guilherme Garcia Lirio, Bruno Briones Di Lullo, Aaron Salles Fernandes Silva Torres
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