Negação
Eu não quero mergulhar na água escura da desgraça e de melancolia ir
Pela corrente de sangue na praça que, escandalizante, pára de fluir
Eu não quero que os meus sonhos
sejam bolas de sabão que mais ninguém verá
Dissipados entre ideias vagas que por adiadas já não estão por cá
Eu não quero que a minha desdita seja essa vida tão desinteressada
E desinteressante dos desinteressantes
que são interessantes por não serem nada
Eu não quero que o tempo me fuja e
que a morte surja depois da desgraça
Que, arrependida, minha alma sofra pelo desperdício da vida que passa
Eu não quero que a fragilidade da velhice chegue e me separe do mundo
Nem que a idade me roube a memória e me silencie este pensar fecundo
Eu não quero que a morte me ganhe nesta luta injusta que é saber o fim
Deliro a sorte em que vida ou morte
me tira os sentidos, me rouba de mim
Pediria aos Deuses, algum ouriviria?
, "por misericordia, deixa-me ficar"
"Sendo a morte aquilo de que
ninguém escapa, por favor deixa-me voltar"
Não me assusta a morte curta e
extasiante sob a qual se verga todo o ser, submisso
Mas o esquecimento depois do orgasmo,
um último rasgo sem escrever sobre isso
Só sabemos o que é ser adulto quando a vida obriga a ver a condição
Como só soubemos da adolescência
quando a nossa infância nos tirou do chão
Se só o velho sabe o que é ser velho,
sentindo o abraço quente e frio e terno
Da morte que rasga a vida inacabada
de um ser que gagueja a fala do eterno
Mas a morte só silenciada tem algum sentido - ninguém a sofreu
E só deve ser pronunciada sem ser com piada por quem já morreu...
Eu não quero que a fragilidade da velhice chegue e me separe do mundo
Nem que a idade me roube a memória e me silencie este pensar fecundo
Eu não quero que a morte me ganhe nesta luta injusta que é saber o fim
Deliro a sorte em que vida ou morte
me tira os sentidos, me rouba de mim
Pediria aos Deuses, algum ouviria?, "por misericordia, deixa-me ficar"
"Sendo a morte aquilo de que
ninguém escapa, por favor deixa-me voltar"
Não me assusta a morte curta e
extasiante sob a qual se verga todo o ser, submisso
Mas o esquecimento depois do orgasmo,
um último rasgo sem escrever sobre isso (sem escrever sobre isso!)
(...)
E enquanto cedo ao desespero,
não pára o meu sangue de correr nas veias
E enquanto temo e desespero vai correndo o tempo por entre as ideias
Vai correndo o tempo...
Vai correndo o tempo...
Vai correndo o tempo...
Por entre as ideias...
Pela corrente de sangue na praça que, escandalizante, pára de fluir
Eu não quero que os meus sonhos
sejam bolas de sabão que mais ninguém verá
Dissipados entre ideias vagas que por adiadas já não estão por cá
Eu não quero que a minha desdita seja essa vida tão desinteressada
E desinteressante dos desinteressantes
que são interessantes por não serem nada
Eu não quero que o tempo me fuja e
que a morte surja depois da desgraça
Que, arrependida, minha alma sofra pelo desperdício da vida que passa
Eu não quero que a fragilidade da velhice chegue e me separe do mundo
Nem que a idade me roube a memória e me silencie este pensar fecundo
Eu não quero que a morte me ganhe nesta luta injusta que é saber o fim
Deliro a sorte em que vida ou morte
me tira os sentidos, me rouba de mim
Pediria aos Deuses, algum ouriviria?
, "por misericordia, deixa-me ficar"
"Sendo a morte aquilo de que
ninguém escapa, por favor deixa-me voltar"
Não me assusta a morte curta e
extasiante sob a qual se verga todo o ser, submisso
Mas o esquecimento depois do orgasmo,
um último rasgo sem escrever sobre isso
Só sabemos o que é ser adulto quando a vida obriga a ver a condição
Como só soubemos da adolescência
quando a nossa infância nos tirou do chão
Se só o velho sabe o que é ser velho,
sentindo o abraço quente e frio e terno
Da morte que rasga a vida inacabada
de um ser que gagueja a fala do eterno
Mas a morte só silenciada tem algum sentido - ninguém a sofreu
E só deve ser pronunciada sem ser com piada por quem já morreu...
Eu não quero que a fragilidade da velhice chegue e me separe do mundo
Nem que a idade me roube a memória e me silencie este pensar fecundo
Eu não quero que a morte me ganhe nesta luta injusta que é saber o fim
Deliro a sorte em que vida ou morte
me tira os sentidos, me rouba de mim
Pediria aos Deuses, algum ouviria?, "por misericordia, deixa-me ficar"
"Sendo a morte aquilo de que
ninguém escapa, por favor deixa-me voltar"
Não me assusta a morte curta e
extasiante sob a qual se verga todo o ser, submisso
Mas o esquecimento depois do orgasmo,
um último rasgo sem escrever sobre isso (sem escrever sobre isso!)
(...)
E enquanto cedo ao desespero,
não pára o meu sangue de correr nas veias
E enquanto temo e desespero vai correndo o tempo por entre as ideias
Vai correndo o tempo...
Vai correndo o tempo...
Vai correndo o tempo...
Por entre as ideias...
Credits
Writer(s): Lau God Dog
Lyrics powered by www.musixmatch.com
Link
Other Album Tracks
© 2024 All rights reserved. Rockol.com S.r.l. Website image policy
Rockol
- Rockol only uses images and photos made available for promotional purposes (“for press use”) by record companies, artist managements and p.r. agencies.
- Said images are used to exert a right to report and a finality of the criticism, in a degraded mode compliant to copyright laws, and exclusively inclosed in our own informative content.
- Only non-exclusive images addressed to newspaper use and, in general, copyright-free are accepted.
- Live photos are published when licensed by photographers whose copyright is quoted.
- Rockol is available to pay the right holder a fair fee should a published image’s author be unknown at the time of publishing.
Feedback
Please immediately report the presence of images possibly not compliant with the above cases so as to quickly verify an improper use: where confirmed, we would immediately proceed to their removal.