Artistas de Campo

O capataz que de vez em quando por patacoada
Faz um floreio numa cordeona desafinada
O peão troveiro que larga um verso tradicional
E a cozinheira achando lindo "cruza no sal".

O vô caseiro varrendo o patio "baila solito"
Fazendo farra prao domador que prende o grito
Assim a estância palco campeiro segue o ritual
Gente gaúcha, pago fronteiro, arte rural.

Artistas de campo, que com o seu canto despretensioso.
Amançam o tempo que volta e meia arrasta o toso
A arte do campo não cobra seu preço, mas tem seu valor
Pra esses que tocam a lida da estância com seu labor.

Artistas de campo, que com o seu canto despretensioso.
Amançam o tempo que volta e meia arrasta o toso
A arte do campo não cobra seu preço, mas tem seu valor
Pra esses que tocam a lida da estância com seu labor.

La do galpão o esquilador vem no compasso
E segue afiando a sua tesoura pura de aço
O alambrador lavando os ferro bate num balde,
E abre o peito toca que canto que tô de valde.

O adão guasqueiro tava prao campo – chegou chiflando
Uma vaneira que de vereda, vem se aprontando.
De vez em quando se risca uns verso e coisa e tal,
Rimando as coisas do cotidiano de um peão mensual.

Artistas de campo, que com o seu canto despretensioso.
Amançam o tempo que volta e meia arrasta o toso
A arte do campo não cobra seu preço, mas tem seu valor
Pra esses que tocam a lida da estância com seu labor.

Artistas de campo, que com o seu canto despretensioso.
Amançam o tempo que volta e meia arrasta o toso
A arte do campo não cobra seu preço, mas tem seu valor
Pra esses que tocam a lida da estância com seu labor.



Credits
Writer(s): Fabrico Ocaña, Leonardo Borges, Paulo Osório Lemes
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