Imencidade

Por vezes me arrependo por não ter dado voz à razão
Refém dos meus temores, surtei e recusei sua mão
Erguida na riqueza de toda sua beleza, rainha em plena majestade
Não tive aos 20 anos noção de sua imensidão
Observo a garoa que limpa o meu bairro do breu
O morador de rua que sabe mais da vida que eu
O estranho alinhamento dos prédios pardacentos
O charme dos imóveis pichados
E aos poucos dou-me conta do quanto que eu te tenho amado

A luz do sol que encandeia detalhes do seu corpo
Pintados como nuvens no céu
As mil estrelas que decoram os cantos da sua boca
Formando um sorriso cruel
E foi no rosto desse povo
Que eu vi a vocação de lutar
A sua verdade
Me invade
E me corta o ar
ImenCidade
Me arrasa
Eu não deixo de amar

Ao povo dessa terra, guerreiro que se ergue do chão
Milhões de formiguinhas lutando pra ganhar o seu pão
Os ricos e mendigos,
corações partidos, caprichos de uma alma sem fundo
Seu solo me aquece, seu colo me inspira a criar

A luz do sol que encandeia detalhes do seu corpo
Pintados como nuvens no céu
As mil estrelas que decoram os cantos da sua boca
Formando um sorriso cruel
E foi no rosto desse povo
Que eu vi a vocação de lutar
A sua verdade
Me invade
E me corta o ar
ImenCidade
Me arrasa
Eu não deixo de amar



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