Prosa com a Saudade

Aquela risada ingênua de uma criança
Que ainda ri pelos cantos sem ter porquê
Aquele jardim de beija-flores e histórias não volta atrás
Eu sigo trazendo em mim as marcas do tempo
Ai, saudade, eu me lembro

Aquela estrada de terra cheirando molhado
Aquele açude de barro atrás do pomar
Aquele perfume doce da dama da noite não se acabou
Eu sigo trazendo em mim as marcas do tempo
Ai, saudade, eu me lembro

E sigo cantando assim
O canto de uma aprendiz
Que vive a confabular sobre as incertezas

A vida é mesmo este ciclo
De finais e recomeços
Pra ser feliz é preciso abraçar o medo

Aquela vontade de ir pra nunca mais voltar
Aquela lágrima que vem sem pedir licença
Aquelas tardes de paz, das quais não me esqueço jamais
Eu sigo trazendo em mim as marcas do tempo
Ai, saudade, eu me lembro



Credits
Writer(s): Thamires Saddi Tannous
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