Pequena Memória para um Tempo Sem Memória

Memória de um tempo onde lutar
Por seu direito é um defeito que mata
São tantas lutas inglórias

São histórias que a história
Qualquer dia contará
De obscuros personagens
As passagens, as coragens

São sementes espalhadas nesse chão

De Juvenais e de Raimundos
Tantos Júlios de Santana
Dessa crença num enorme coração

Dos humilhados e ofendidos
Explorados e oprimidos
Que tentaram encontrar a solução

São cruzes, sem nomes
Sem corpos, sem datas
Memória de um tempo onde lutar por seu direito
É um defeito que mata

E tantos são os homens por debaixo das manchetes
São braços esquecidos que fizeram os heróis

São forças, são suores que levantam as vedetes
Do teatro de revistas, que é o país de todos nós
São vozes que negaram liberdade concedida
Pois ela é bem mais sangue, é que ela é bem mais vida

São vidas que alimentam nosso fogo da esperança
É o grito da batalha quem espera, nunca alcança

Ê ê, quando o Sol nascer
É que eu quero ver quem se lembrará
Ê ê, quando amanhecer
É que eu quero ver quem recordará

Ê eu, não quero esquecer
Essa legião que se entregou por um novo dia
Ê eu quero é cantar essa mão tão calejada
Que nos deu tanta alegria
E vamos à luta

Que país é esse?
Que país é esse?
Que país é esse?
Que país é esse?
Que país é esse?
Que país é esse?
Que país é esse?
Que país é esse?



Credits
Writer(s): Luiz Gonzaga Do Nascimento Jr.
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