Mundo de Ilusões 2012 (Ao Vivo)

Nesse mundo de ilusões onde passamos nossos dias
Não posso ser quem eu sou
Minha vida se confunde em meio a cenas vazias
De ódio e de amor

Onde se convence o povo a comprar o que não precisa
Meu Deus, onde é que eu estou?
Se você passar lá em casa, por favor, meu bem, avisa
Quero esconder o meu mundo

Posso sofrer, posso chorar e até cair
Mas essa noite, amor, eu vou morrer de rir
Posso sofrer, posso chorar e até cair
Mas certos dias eu me encontro assim
Pois sem amor vejo que estou...

Num mundo de ilusões, escondo as emoções
Atrás de um computador
Trancado no banheiro, já com os olhos vermelhos
Eu tento esconder minha dor

Meu bem, o que eu queria era estar na Bahia
Com você não existe um final
Sem luz, sem energia, sem carro, sem correria
Colhendo frutas no meu quintal

Posso sofrer, posso chorar e até cair
Mas essa noite, amor, eu vou morrer de rir
Quero viver, fazer um som, me distrair
Mas certos dias eu me encontro assim
Pois sem amor vejo que estou assim

Procurando encontrar uma direção nesse mundo de ilusão
Só espero que não caminhe rente à multidão
Surda e muda, sem visão, fingem não prestar atenção
Quantos estão amordaçados pela manipulação?

E por mais que eu tente, é sempre diferente
O que a alma sente, o que a mente entende
Pouco a gente entende, pouca gente entende
O que é relevante, ultimamente tão distante
Mais descrente do que antes, fez-se o povo ignorante

Nesse instante pessoas brilhantes crescem nas favelas
E num instante ideias brilhantes morrem atrás de telas
Nas novelas, em um anúncio de TV
Monitores que amenizam dores, falsos amenizadores

Procuro me dar mais um tempo, pensar no futuro
Esfriar minha cabeça e respirar fundo, quem sabe?
Além do mundo, eu mesmo me iludo
Finjo que esqueço de tudo e no momento

Eu só penso em fazer um som pra viver
Fecho os olhos pra não ver, permito não perceber
A frieza urbana, a fraqueza humana
O modo que voa a semana

Tempo que engana, cidade que esgana
Sistema que explana sua forma tirana, enquanto

Se eu me desligasse, até podia enxergar nós na Bahia
Eu e você sendo abençoado por um novo dia
Parece até ironia, hoje ser só nostalgia
Que preenche o espaço no meu peito em lacunas vazias

Dias de agonia, a distância judia
A mente cria na melancolia mil filosofias, me alivia
Mesmo que por pouco tempo, a dor beneficia
Hoje o sofrimento virou poesia

Posso sofrer, posso chorar e até cair
Mas essa noite, amor, eu vou morrer de rir
Quero viver, fazer um som, me distrair
Mas certos dias eu me encontro assim
Pois sem amor vejo que estou...

Assim



Credits
Writer(s): Bruno Borges Chelles, Rodrigo Barbosa Parracho
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