Depois da Vida

O tempo no ponteiro
Aponta
Pra alma
Vazia
Repleta
De nada
A vida, num rio
Escorre
Pelas veias
Do relógio
Metálico
Tão frio

No meu epitáfio, o que eu podia
Ter sido
E o que me impedia
De ser o tecido
Da tua veste, pra te aquecer
Era ser quem eu
Sou

Tão longe
De perto
A memória
Do carvalho
De pedra
E aço
Do meu peito
Tentando
Pulsar
Por você

No meu epitáfio, poemas sombrios
Agouros
Da morte sozinho
É o meu destino
Sem você
É o meu jeito tão frágil de ser

Me diz então
Uma vez mais
Que eu já não estou tão só
Se a solidão é a minha sina
Eterna dor maior
Cuidado com meus cacos pra não se cortar

No meu epitáfio, poemas tecidos
Em dores sem afago
E em choro sem alguém do meu lado
É o caos que se tornou o meu ser
No meu epitáfio, presentes passados
Do tempo de me entregar
Me doar pra ser um pouco mais



Credits
Writer(s): Yuri Oliveira (daviola)
Lyrics powered by www.musixmatch.com

Link