Sobre as Batalhas Não Mencionadas

Eu tomo um vinho barato
Eu cuspo no meu prato
Eu não durmo, eu não paro
Até greve de fome eu faço

Eu bebo uma cerveja
Acendo outro cigarro
Enquanto eu me mato
Eu me culpo

Eu olho pro abismo
E ele olha pra mim
Eu quero me jogar
Me desculpo

Mas não adianta
Nada faz sentido
Nada vai mudar
Tudo vai continuar igual

Eu tenho esperança
Dizem que a noite é uma criança
E tudo que pode
Vai acontecer

Eu não sei se sinto conforto
Eu não sei se sinto mais medo
Eu não sei, se não sei, sei?
Um, dois, três, quatro, cinco, seis, sei não

Lá, lá, lá, lá, laiá
Lá, lá, lá, lá, laiá, ah, lá
Lá, lá, lá, lá, laiá
Lá, lá, lá, lá, laiá, ah, lá

Ou aqui, você quem sabe
A gente escolhe o terreno
Tanto faz, pra ser sincero
Eu vou mal em qualquer um

Aí a gente acha
Outro critério pra escolha
Pode ser a paisagem
Algo bonito pra se ver

Pra esconder
O fato fétido, podre
Cheio de mofo
Debaixo de tudo

Pra adiar o inevitável
Prolongar esse atrito
Que afia a faca
Que vai

A faca que vai nos finalizar
A faca que vai nos finalizar

Já estamos tão cansados
Tanto que a gente dá tréguas
Eu te faço uma massagem
Mas suas costas continuam a doer

E minhas mãos já estão todas calejadas
Mas é tão bom eu não vou negar você
Você é uma droga e eu sou dependente
Eu penso muito eu preciso tanto de você

Se for isso tudo o que tudo se tornou
Então vai, eu me recuso
Eu quero mais um daqueles recomeços
Lembra quantos desses já tivemos?

Eu tomo um vinho barato
Eu cuspo no meu prato
Eu não durmo, eu não paro
Até greve de fome eu faço

Eu bebo uma cerveja
Acendo outro cigarro
Enquanto eu me mato
Eu me culpo

Eu olho pro abismo
E ele olha pra mim
Eu quero me jogar
Me desculpo

Lá, lá, lá, lá, laiá
Lá, lá, lá, lá, laiá, ah, lá
Lá, lá, lá, lá, laiá
Lá, lá, lá, lá, laiá, ah, lá



Credits
Writer(s): Marco Alves
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