Aconchego dos Gaudérios

Bandiando o norte da minha terra legendária
Do lado oposto de quem passa o matador
Tinha um surungo minha balda de índio moço
Onde eu dançava de espora e tirador
Atava o zaino no moeirão de guamirim
Ia pulando no entre meio das aguadas
Bota furada e quem me deu não me dá outra
Cheia de pelo da pandilha da potrada
Dá-lhe gaitaço surungaço noite afora
Pouco demora e o Rio Grande já clareia
Faltava espaço pra mostrar tudo que faço
Sobrava laço no estrondo da peleia
Dentro da casa dava um viva pro gaiteiro
Pois conhecia o sistema do salão
E o chinaredo gostava de pataquero
E eu sou nojento quando danço um vanerão
De lenço rubro atirado sobre os ombros
Ponta do pala ia batendo nas garrafas
De vez enquando emborcava a cangibrina
E a mão da china quase dentro da guaiaca



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