Lobotomia
Eu sou cancerígeno com a origem no
"Cansei. tipo, tô sem incentivo, tive motivo e parti pro som"
Não sou sensitivo, sem sentido decidir isso
E lembre-se, essa coversa não se iniciou com "qual seu signo?"
Então a rima consignou tudo que eu consegui no dia a dia
Ardia, eu tinha um livro pra por no som
E sem adiar, vadiar, vinha um sentimento bom
E adivinha, minha brisa sempre foi no argumento ou tom
Eu tô à mais de cem por hora, sem por fora e sem ignorar
Tudo que eu aprendi nesse caminho até agora
O sangue jorra com mentes que sempre estouram, sem pistola
Eu sempre tô lá, sem bitolar; só papel, lápis, sem cola
Cês tentam repetir mas sempre embola, tô sem ir embora
Se inventam vão regredir, deixa pra mim, sem chorar
Que eu sou cão de raça, pedigree; no risco pra devorar
Então nem vem latir, Lassie; no fim cês pedem bis, tô fora
Ninguém disse que ia ser fácil, então faço ser impossível
Dizer que meu traço passou despercebido no ouvido
De quem disse que não tinha sentido em rimar o que sinto
O cinto estourou, se segurem, suas vidas dependem disso
Eu disse, o difícil eu fiz; ouvisse o míssil atingir um edifício
E nisso eu vi os omissos num vício ríspido, dizer isso
Que eu saí de um hospício, ou apresento risco
E não é um surto coletivo; então, enfim, sou puro terrorismo
Ninguém esperava essa bomba agora
Meu tom apavora; crianças na sala, já vão pra fora
Eu faço som pra torar, é quente; vê se entende
Rimam só pra atolar a mente, vocês nem sei o que são pra adorar
Minha lobotomia é abrir a caixa de pandora
Cês com a utopia de inibir o que vir da minha cachola
E eu logo com rimas que vêm seco e tendem
A te deixar cheio de marcas vermelhas e não é catapora
A selva é de pedra, conheço a fauna, e é cada flora
Que te consome, te deixa cego e descarta fora
É sem bravata, ora, ligação discada enrola
E esses empata foda agora eu mando com descarga embora
Agora entendo que eu pareço um sociopata afora
Tipo um caçador, então tire suas patas fora
Andando sem ter direção, então se o asfalto agora
Me levar pra ti, tu vai entender as suas faltas, bora
E não é nenhuma questão pessoal, eu só verso ao vento
Entendo vendo o medo tendo um excesso mal explicado
É fato, tratam como um vendaval
A minha mente é um turbilhão de ideias sem igual
Difícil de compreender o ponto inicial
Eu não me encaixar talvez seja um pouco o principal
Por isso eu soo como um robô artificial
Que nunca entende nenhum tonto superficial
Tô com uma sensação estranha, eu sinto o mal perto
De certo adentrando nas minhas entranhas
E eu de olhos bem abertos, sei que eu não aperto gatilho
Se incerto me vejo; minha sombra me acompanha
E por enquanto é so ela comigo
Soa inofensiva mas é uma fera dormindo
Sair fora eu sei que é suicídio
Mas olho pela janela e aqui parece um presídio
Não tem escapatória, zero rotas de fuga
Nessas horas ainda não acabou minha cota de surtar
Inspiração presa num cadeado, é foda de furtar
E aspiração em defesa me cega e corta minha nuca
E eu com a mente indefesa, sinto um frio na medula
E é sempre com incerteza que eu vejo o medo lá
Porque não tenho clareza quando começo a me atolar
De pensamentos, sempre intensos; cês vão ter me aturar
Porque com o papel e lápis sinto como em um labirinto
Com uma dose de abssinto, com o diabo sido expurgado
E se eu abro o cinto agora, é caos pra todo lado
Cês veem na minha face vindo o ódio acumulado
E eu venho formulado questões que nem dá pra dizer
Que deixam até eu mesmo confuso, porra, só pra ti ver
E meu constante sentimento cês nunca vão entender
De ter alguém na sua cabeça, mas não é você
Isso que eu nunca fui lá muito supersticioso
Com um caráter duvidoso, se eu perdi o nervoso
Mesmo andando contra o tempo, sempre super tipo ocioso
Eu nunca me atraso, mesmo que eu me previ ansioso
E a sensação que dá é que eu vou ir caçar
No meio do apocalipse; eu não vou me cansar
Se isso tudo pegar fogo eu vou sorrir, vaza
Então se eu pegar a caneta, escreve na porta "onissassa"
"Cansei. tipo, tô sem incentivo, tive motivo e parti pro som"
Não sou sensitivo, sem sentido decidir isso
E lembre-se, essa coversa não se iniciou com "qual seu signo?"
Então a rima consignou tudo que eu consegui no dia a dia
Ardia, eu tinha um livro pra por no som
E sem adiar, vadiar, vinha um sentimento bom
E adivinha, minha brisa sempre foi no argumento ou tom
Eu tô à mais de cem por hora, sem por fora e sem ignorar
Tudo que eu aprendi nesse caminho até agora
O sangue jorra com mentes que sempre estouram, sem pistola
Eu sempre tô lá, sem bitolar; só papel, lápis, sem cola
Cês tentam repetir mas sempre embola, tô sem ir embora
Se inventam vão regredir, deixa pra mim, sem chorar
Que eu sou cão de raça, pedigree; no risco pra devorar
Então nem vem latir, Lassie; no fim cês pedem bis, tô fora
Ninguém disse que ia ser fácil, então faço ser impossível
Dizer que meu traço passou despercebido no ouvido
De quem disse que não tinha sentido em rimar o que sinto
O cinto estourou, se segurem, suas vidas dependem disso
Eu disse, o difícil eu fiz; ouvisse o míssil atingir um edifício
E nisso eu vi os omissos num vício ríspido, dizer isso
Que eu saí de um hospício, ou apresento risco
E não é um surto coletivo; então, enfim, sou puro terrorismo
Ninguém esperava essa bomba agora
Meu tom apavora; crianças na sala, já vão pra fora
Eu faço som pra torar, é quente; vê se entende
Rimam só pra atolar a mente, vocês nem sei o que são pra adorar
Minha lobotomia é abrir a caixa de pandora
Cês com a utopia de inibir o que vir da minha cachola
E eu logo com rimas que vêm seco e tendem
A te deixar cheio de marcas vermelhas e não é catapora
A selva é de pedra, conheço a fauna, e é cada flora
Que te consome, te deixa cego e descarta fora
É sem bravata, ora, ligação discada enrola
E esses empata foda agora eu mando com descarga embora
Agora entendo que eu pareço um sociopata afora
Tipo um caçador, então tire suas patas fora
Andando sem ter direção, então se o asfalto agora
Me levar pra ti, tu vai entender as suas faltas, bora
E não é nenhuma questão pessoal, eu só verso ao vento
Entendo vendo o medo tendo um excesso mal explicado
É fato, tratam como um vendaval
A minha mente é um turbilhão de ideias sem igual
Difícil de compreender o ponto inicial
Eu não me encaixar talvez seja um pouco o principal
Por isso eu soo como um robô artificial
Que nunca entende nenhum tonto superficial
Tô com uma sensação estranha, eu sinto o mal perto
De certo adentrando nas minhas entranhas
E eu de olhos bem abertos, sei que eu não aperto gatilho
Se incerto me vejo; minha sombra me acompanha
E por enquanto é so ela comigo
Soa inofensiva mas é uma fera dormindo
Sair fora eu sei que é suicídio
Mas olho pela janela e aqui parece um presídio
Não tem escapatória, zero rotas de fuga
Nessas horas ainda não acabou minha cota de surtar
Inspiração presa num cadeado, é foda de furtar
E aspiração em defesa me cega e corta minha nuca
E eu com a mente indefesa, sinto um frio na medula
E é sempre com incerteza que eu vejo o medo lá
Porque não tenho clareza quando começo a me atolar
De pensamentos, sempre intensos; cês vão ter me aturar
Porque com o papel e lápis sinto como em um labirinto
Com uma dose de abssinto, com o diabo sido expurgado
E se eu abro o cinto agora, é caos pra todo lado
Cês veem na minha face vindo o ódio acumulado
E eu venho formulado questões que nem dá pra dizer
Que deixam até eu mesmo confuso, porra, só pra ti ver
E meu constante sentimento cês nunca vão entender
De ter alguém na sua cabeça, mas não é você
Isso que eu nunca fui lá muito supersticioso
Com um caráter duvidoso, se eu perdi o nervoso
Mesmo andando contra o tempo, sempre super tipo ocioso
Eu nunca me atraso, mesmo que eu me previ ansioso
E a sensação que dá é que eu vou ir caçar
No meio do apocalipse; eu não vou me cansar
Se isso tudo pegar fogo eu vou sorrir, vaza
Então se eu pegar a caneta, escreve na porta "onissassa"
Credits
Writer(s): Douglas, Henrique
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