Procurado o Homem das Sombras (Instinto do Troco)

Eles acharam que eu não iria voltar um dia
Eles perderam a aposta

Arthur Diogo vulgo Hunter da Morte
Apresenta: CD Secreto

Abram-se as cortinas, luz, câmera e ação
Senhoras e senhores, então, preste atenção!
(Aí fudeu!) Toma de assalto agora os plebeu
Pra onde eu vou? De onde eu vim?
Então, enfim, quem sou eu? (Diz!)

Abra o inquérito e faça a investigação
É o Dia D da justiça escrito na bandeira com o mastro
O Homem das Sombras não deixa pista, nem rastro
Estamos apresentando drama com terror e ação

Continuação e começa a sessão em cartaz
Mais um filme de assombração (e aê, ladrão?)
Sou um só mas contenho sete personalidade
Vítima? Não! Só despertado da meditação

Vim pra minha missão, fazer você usar a lógica
Pra sobreviver em SP na guerra psicológica
Pra cada vaga de emprego, 20 cara
Tique-taque, o tempo não para e cê se depara

Volta pra residência e a lágrima cai do seu cílio
Com os três filho pra criar precisando do seu auxílio
É o ciclo, quase todo soldado preso
Nessa situação, conclusão: se torna um réu indefeso

Sem um grau de instrução perderá a linha
Abriu as perna, carro na caverna sem camisinha
Então, se liga no lance!
Após o filme de romance que acabou
Então agora começa o filme de terror
Depositou lá dentro, barriga cresceu e o moleque nasceu
Sem enfeite, faz o corre pra comprar o leite

E a sacanagem rola solta nos baile
No meio do escuro ou no banheiro, sexo não seguro
Indignação, equação: onde se instala o meu ódio
Procurado O Homem das Sombras no primeiro episódio

E eu não click, clack, e eu não, click, clack
(Queria ser terrorista com apetite do Bin Laden)
Click, clack, e eu não, click, clack
(Pra jogar no Congresso seis aviões da Varig)

E erga a mão pro céu que aqui não tem vulcão
Só a lei do engravatado, do belzebu, do cão
Pobre nem tem direito à cova, morre como indigente
Principalmente em SP, no excesso de contingente

Os irmão do Norte tenta a sorte, que São Paulo é belo
Vem pra São Paulo e quer fazer o castelo
E o ódio solta, depois se frustra e se revolta
E sem dinheiro pra comprar a passagem de volta

Aqui não é Nova Iorque e nem será depois
O purgatório é aqui, arrumar problema é 1, 2
E eu ando no meio do nada sem ter pra onde correr
Quero meter um especialista, ver político voar

Jovens são pais mais cedo e aí então
Nunca ponha filho no mundo sem dinheiro
O drama brasileiro
Muita gente por pouco espaço, sem dinheiro

Onde o desespero te cria duas alternativa
Onde o Estado te ilude, é O Anjo Malvado
Causa o terror, o pânico
E enquadra o soldado negro e hispânico

Nos porões do DOPS quase não sobrou nenhum
Um tiveram sequela, outros receberam
Mas não quero ver quando despertar dentro de um
O Homem das Sombras, o Instinto do Troco

Quando O Anjo Malvado for o alvo
O baguio vai ficar louco, aí o sistema tromba
E terá que desarmar a bomba que assombra
Justiça seja feita
Pelo Instinto Procurado O Homem das Sombras!

Click, clack, e eu não, click, clack
(Eu sei que o mundo que eu vivo é errado)
Click, clack, e eu não, click, clack
(Que liberdade não é justiça e sim um bom advogado)

Click, clack, e eu não, click, clack
(Prova pro mundo que o Brasil tem moda retro-futurista)
Click, clack, e eu não, click, clack
(E que o futuro chegou em forma de pátria otimista)

Mano, um dia, vai ter um terrorista
Um atirador de elite
Que vai atirar na cabeça de alguns políticos
Pois se você for pela lógica
Os maiores genocidas do país são eles, mano!

Cê tá ficando louco?!
Tô nada, porque se eles desviam o dinheiro da educação
Da saúde, sem falar das outras fita
Eles que matam essa leva de pacientes
Jogados nos hospitais públicos

Eles que pagam mal o professor
E não dão segurança nas escola
Com essa lei que aluno só reprova por falta
Daí todo mundo sai da escola burro

Aluno de escola particular tem muito mais chance
De conseguir vaga em faculdade pública
E o aluno de escola pública
Tem que pagar faculdade particular se quiser se formar

E cê vai comprar o quê? Um rifle?
Eu não, mano, mas o povo é otário
Recepciona esses vermes
Tira selfie quando eles fazem campanha
Na hora em que eles forem fazem campanha
O povo tem é que linchar arrombados

Seria melhor o povo se revoltar duma forma pacífica
Ou seja, fica uma semana sem trabalhar
E foder com a economia de vez
Pois tudo o que a gente paga de imposto

Inclusive em tudo o que a gente compra
Vai pros governos federal, estadual, municipal
E não tem retorno em saúde, educação
Daí se usar limite, fazer empréstimo, tá fudido!

Mano, prefeito, vereador, governador
Essa raça toda aí
Tinha que colocar todo mundo na mira
Mas a palavra povo, ela não existe mais
Infelizmente

O povo tá dividido, em duas, três partes
É cada um por si
Cada otário que defenda seu político de estimação aí!
Sempre foi assim



Credits
Writer(s): Arthur Diogo Lima De Carvalho
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