O Tambor

Chega de ser, de sofrer, de chorar
Mastigar toda desgraça com pão
Saliva com ódio num prato de arroz com feijão
Pra quem não sabe o que é humilhação

O meu canto é um sopro de um soco em vão
E também da carne que o homem comeu
E de todo sangue que se esqueceu
Onde isso vai dar?

E provar da carne que o homem comeu
E provar do sangue que se esqueceu
Hoje o tambor vai se rebelar
Onde isso vai dar?

E sem saber onde isso vai dar
E sem saber o quanto vai doer
Interminável é o dia em que a fome visita o irmão
Pior que a fome é um dia de humilhação

E provar da carne que o homem comeu
E provar do sangue que se esqueceu
Hoje o tambor vai se rebelar
Onde isso vai dar?

E provar da carne que o homem comeu
E provar do sangue que se esqueceu
Hoje o tambor vai se rebelar
Onde isso vai dar?

E sem saber onde isso vai dar
E sem saber o quanto vai doer
Interminável é o dia em que a fome visita o irmão
Pior que a fome é o dia de humilhação

E provar da carne que o homem comeu
E provar do sangue que se esqueceu
Hoje o tambor vai se rebelar
Onde isso vai dar?

E provar da carne que o homem comeu
E provar do sangue que se esqueceu
Hoje o tambor vai se rebelar
Onde isso vai dar?



Credits
Writer(s): Kleber Cavalcante Gomes, Arthur Cortes Verocai
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