HORAS MORTAS

Eu vi um tipo a levar um tiro
Ouvi zumbir, parecia vidro
Ouvi um pit, pelo latido
Pus-me a correr
P'ra não ser mordido
Sempre a olhar p'a trás
P'ra não ser seguido
Ya, sou bem capaz
De ter perdido o tipo
Ya, sou bem capaz
De ter perdido o tino
Deixei-o lá atrás
Ao virar da esquina
Ao pé do rapaz
Que me traz a pinha
Eu bazei p'ra baixo
Escondi no palheiro
Não achei encaixe
Achei-me um ponteiro
Nem olho p'ró tempo
O que é nem sei, eu
Olho p'ró centro
O que vier é meio
Nem olho p'ró tempo
O que é nem sei, eu
Olho p'ró centro
O que vier é meio eu

Eu fiz um tiro levar um tipo
Tempo perdido leva ao motivo
Esse tal do tipo, ele era o Tempo
Tempo do "ido", do devia ter
Tempo de "sido" (decido), o que devia ser
Tempo padecido para eu viver
Tão entretanto, eu vou andado
E é contra o vento que eu vou correr
Ignoro o banco, eu não quero tanto
Eu só peço um canto com vista p'a ver
É isso e motes, rap quero a potes
E poder criá-lo a qualquer momento
'Tou com vários moldes p'ra igualar os dotes
'Tou com várias vozes a matar o Tempo
Nem olho p'ra frente o que vier é sina
Eu olho p'ra dentro o que vier ensina-me



Credits
Writer(s): Diogo Ferreira
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