Quase (Demo)
Se corpo desde o parto é imposto o pardo
E se pardo é papel me senti tão frágil quanto
Sem o direito de ser tudo nem ser nada
Ouvindo repetidamente
Quase preto
Quase branco
Quase verde
Quase maduro
Quase é o lugar onde eu quase encontro
Com os desencontros do meu eu mais puro
Quase preto
Quase branco
Quase verde
Quase maduro
Quase é o lugar onde eu quase encontro
Com os desencontros do meu eu
Morro de fome ao devorar o mundo, mundo que me cospe da boca pra fora
A rejeição é o seio materno mandei real afeto e tive ódio em troca
Me ensinaram que amor era doar dinheiro
Isso não sobre cura, é sobre costurar
Quem nasceu com dois pés numa favela morar em apartamento nunca foi um lar
Lá a Identidade é o lugar que machuca o corpo difere daquilo que perfura a derme
Tatuar é minha forma de falar de amor pois Não há nada mais real do que cravar na pele
Do Sankofa q me pedem pra olhar pra trás já que olhar pra trás é não errar na frente
Quanto um ancestral levava chicotada o outro era o chicote que moldava a mente
Quase preto
Quase branco
Quase verde
Quase maduro
Quase é o lugar onde eu quase encontro
Com os desencontros do meu eu mais puro
Quase preto
Quase branco
Quase verde
Quase maduro
Quase é o lugar onde eu quase encontro
Com os desencontros do meu eu
Nunca esqueço da minha parte branca alzhaimer coletivo é o que te deixa morto
Capitão do mato eu nem quero ser chicote e tattoo não ferem iguais no corpo negro
Sem negar a pele, sem negar a alma
Sem negar a mente, sem negar pena
Um oceano de distância entre eu e o boy
Extremamente separado igual meu diastema
Quase é um lugar de não lugar alugaram uma triplex na minha mente
Mentiram pra mim desde do cedo me tiraram preto e me fizeram crente
Que meu corpo pertencia a lugar nenhum não merecia a próxima fase
Perguntei se eu ja tinha conseguido olharam no meu olho e disseram quase
Quase preto
Quase branco
Quase verde
Quase maduro
Quase é o lugar onde eu quase encontro
Com os desencontros do meu eu mais puro
Quase preto
Quase branco
Quase verde
Quase maduro
Quase é o lugar onde eu quase encontro
Com os desencontros do meu eu
Faltava afeto quando era pequeno isso afeta o cara quando era mais velho
O velho padece sem amor e se aproxima mais de um cemitério
Sem mistério eu era o monstro atrás da máscara, cabeça aberta e corpo nu
Quando a raiz é aguada sem amor, as frutas apodrecem e se tornam tu
Tu adoraria ser mais leve e ter prioridade nesse
Corpo esvaziado percorre a cidade
Ansiedade é a buscar do futuro incerto é que
Acordei com fome e so jantei maldade
Na maldade encontrei o abraço não dado
Retribuindo sorrisos com dentes quebrados
Não sei se veio do colono ou do escravizado mas Quando assunto é identidade me sinto em pedaços
Reivindiquei meu lugar de preto mandaram calar a boca que eu nem era tanto
Então, eu abracei o privilégio branco levei uma chicotada que me lembrou tronco
Porra, diz em que lugar eu me encontro? Igual Jesus eu revirei a mesa
Chico, Vou abrir outra garrafa e vou embriagar até que alguém me esqueça
Quase preto
Quase branco
Quase verde
Quase maduro
Quase é o lugar onde eu quase encontro
Com os desencontros do meu eu mais puro
Quase preto
Quase branco
Quase verde
Quase maduro
Quase é o lugar onde eu quase encontro
Com os desencontros do meu eu
Com 27 eu vim romper com tudo ver que o homem falocentrico tava sem sal
Eu Tô gostando de aprender e explorar meu corpo e entender como prazer é muito mais que pau
E pedras que ficaram pelo meu caminho me apresentaram rotas totalmente diferente
Antes mesmo de saber quem era meu guia eu na disposição e o exu na frente
Só quem sabe sente, o prazer não mente da orgulho na tua casa pra quem te criou
Mais que arrancar mato ou lavar os pratos é devolver o abraço pra quem te abraçou
Zelou por teu ori e vai te levar pro orun sempre teve aqui, nascem dentro de tu
O único pai q presente caçador e príncipe não perde a batalha Loci Loci logun
Sou todo preto
Nada branco
Já fui verde
Tento ser maduro
Hoje eu me vejo com mais amor
Do que o próprio amor que já doei pro mundo
Sou todo preto
Nada branco
Já fui verde
Tento ser maduro
Hoje eu me amo com mais amor
Do que o próprio amor que já doei pro mundo
E se pardo é papel me senti tão frágil quanto
Sem o direito de ser tudo nem ser nada
Ouvindo repetidamente
Quase preto
Quase branco
Quase verde
Quase maduro
Quase é o lugar onde eu quase encontro
Com os desencontros do meu eu mais puro
Quase preto
Quase branco
Quase verde
Quase maduro
Quase é o lugar onde eu quase encontro
Com os desencontros do meu eu
Morro de fome ao devorar o mundo, mundo que me cospe da boca pra fora
A rejeição é o seio materno mandei real afeto e tive ódio em troca
Me ensinaram que amor era doar dinheiro
Isso não sobre cura, é sobre costurar
Quem nasceu com dois pés numa favela morar em apartamento nunca foi um lar
Lá a Identidade é o lugar que machuca o corpo difere daquilo que perfura a derme
Tatuar é minha forma de falar de amor pois Não há nada mais real do que cravar na pele
Do Sankofa q me pedem pra olhar pra trás já que olhar pra trás é não errar na frente
Quanto um ancestral levava chicotada o outro era o chicote que moldava a mente
Quase preto
Quase branco
Quase verde
Quase maduro
Quase é o lugar onde eu quase encontro
Com os desencontros do meu eu mais puro
Quase preto
Quase branco
Quase verde
Quase maduro
Quase é o lugar onde eu quase encontro
Com os desencontros do meu eu
Nunca esqueço da minha parte branca alzhaimer coletivo é o que te deixa morto
Capitão do mato eu nem quero ser chicote e tattoo não ferem iguais no corpo negro
Sem negar a pele, sem negar a alma
Sem negar a mente, sem negar pena
Um oceano de distância entre eu e o boy
Extremamente separado igual meu diastema
Quase é um lugar de não lugar alugaram uma triplex na minha mente
Mentiram pra mim desde do cedo me tiraram preto e me fizeram crente
Que meu corpo pertencia a lugar nenhum não merecia a próxima fase
Perguntei se eu ja tinha conseguido olharam no meu olho e disseram quase
Quase preto
Quase branco
Quase verde
Quase maduro
Quase é o lugar onde eu quase encontro
Com os desencontros do meu eu mais puro
Quase preto
Quase branco
Quase verde
Quase maduro
Quase é o lugar onde eu quase encontro
Com os desencontros do meu eu
Faltava afeto quando era pequeno isso afeta o cara quando era mais velho
O velho padece sem amor e se aproxima mais de um cemitério
Sem mistério eu era o monstro atrás da máscara, cabeça aberta e corpo nu
Quando a raiz é aguada sem amor, as frutas apodrecem e se tornam tu
Tu adoraria ser mais leve e ter prioridade nesse
Corpo esvaziado percorre a cidade
Ansiedade é a buscar do futuro incerto é que
Acordei com fome e so jantei maldade
Na maldade encontrei o abraço não dado
Retribuindo sorrisos com dentes quebrados
Não sei se veio do colono ou do escravizado mas Quando assunto é identidade me sinto em pedaços
Reivindiquei meu lugar de preto mandaram calar a boca que eu nem era tanto
Então, eu abracei o privilégio branco levei uma chicotada que me lembrou tronco
Porra, diz em que lugar eu me encontro? Igual Jesus eu revirei a mesa
Chico, Vou abrir outra garrafa e vou embriagar até que alguém me esqueça
Quase preto
Quase branco
Quase verde
Quase maduro
Quase é o lugar onde eu quase encontro
Com os desencontros do meu eu mais puro
Quase preto
Quase branco
Quase verde
Quase maduro
Quase é o lugar onde eu quase encontro
Com os desencontros do meu eu
Com 27 eu vim romper com tudo ver que o homem falocentrico tava sem sal
Eu Tô gostando de aprender e explorar meu corpo e entender como prazer é muito mais que pau
E pedras que ficaram pelo meu caminho me apresentaram rotas totalmente diferente
Antes mesmo de saber quem era meu guia eu na disposição e o exu na frente
Só quem sabe sente, o prazer não mente da orgulho na tua casa pra quem te criou
Mais que arrancar mato ou lavar os pratos é devolver o abraço pra quem te abraçou
Zelou por teu ori e vai te levar pro orun sempre teve aqui, nascem dentro de tu
O único pai q presente caçador e príncipe não perde a batalha Loci Loci logun
Sou todo preto
Nada branco
Já fui verde
Tento ser maduro
Hoje eu me vejo com mais amor
Do que o próprio amor que já doei pro mundo
Sou todo preto
Nada branco
Já fui verde
Tento ser maduro
Hoje eu me amo com mais amor
Do que o próprio amor que já doei pro mundo
Credits
Writer(s): Fabio Lopes
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