Desejos Vaos

Eu queria ser o mar de altivo porte
Que ri e canta, a vastidão imensa
Eu queria ser a pedra que não pensa
A pedra do caminho, rude e forte

Eu queria ser o sol, a luz intensa
O bem do que é humilde e não tem sorte
Eu queria ser a árvore tosca e densa
Que ri do mundo vão e até da morte

Mas o mar também chora de tristeza
As árvores também, como quem reza
Abrem aos céus, os braços como um crente

E o sol altivo e forte ao fim de um dia
Tem lágrimas de sangue na agonia
E as pedras essas, pisa-as toda a gente
Pisa-as toda a gente

Mas o mar também chora de tristeza
As árvores também, como quem reza
Abrem aos céus, os braços como um crente

E o sol altivo e forte ao fim de um dia
Tem lágrimas de sangue na agonia
E as pedras essas, pisa-as toda a gente
Pisa-as toda a gente



Credits
Writer(s): Writer Unknown, Tiago Alexandre Machado
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