Aquarela (Live)

Numa folha qualquer, eu desenho um sol amarelo
E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo
Corro o lápis em torno da mão e me dou uma luva
E se faço chover, com dois riscos tenho um guarda-chuva

Se um pinguinho de tinta
Cai num pedacinho azul do papel (ah-ah)
Num instante, imagino (ah-ah)
Uma linda gaivota a voar no céu

Vai voando
Contornando a imensa curva norte e sul
Vou com ela, viajando, Havaí, Pequim ou Istambul
Pinto um barco a vela branco, navegando (ah!)
É tanto céu e mar num beijo azul (ah)

Entre as nuvens
Vem surgindo um lindo avião rosa e grená
Tudo em volta colorindo, com suas luzes a piscar
Basta imaginar (ah-ah-ah)
Que ele está partindo, sereno e lindo (ô-ô-ô)
E se a gente quiser, ele vai pousar

Numa folha qualquer
Eu desenho um navio de partida (ah-ah-ah-ah-ah)
Com alguns bons amigos bebendo de bem com a vida
De uma América a outra, consigo passar num segundo
Giro um simples compasso e no círculo, eu faço o mundo

Um menino caminha
E caminhando, chega no muro (ah-ah)
E ali logo em frente (ah)
A esperar pela gente, o futuro está

E o futuro é uma astronave que tentamos pilotar
Não tem tempo nem piedade, nem tem hora de chegar
Sem pedir licença, muda nossa vida (ah-ah-ô-ô)
Depois convida a rir ou chorar (ô-ô!)

Nessa estrada, não nos cabe conhecer ou ver o que virá
O fim dela, ninguém sabe bem ao certo onde vai dar
Vamos todos numa linda passarela (ah-ah-ah-ah-ah)
De uma aquarela que um dia, enfim, descolorirá

(Numa folha qualquer, eu desenho um sol amarelo)
Que descolorirá
(E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo)
Que descolorirá
(Giro um simples compasso e no círculo, eu faço o mundo)
Que descolorirá

Que descolorirá
Que descolorirá
Que descolorirá
Que descolorirá
Que descolorirá
Que descolorirá
Que descolorirá

Toquinho no Tom Brasil



Credits
Writer(s): Guido Morra, Maurizio Fabrizio, Marcus Vinicius Da Cruz De M. Moraes, Antonio Pecci Filho
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