A Cerca

Fazendo cerca na Fazenda do Rosário
Resto de toco velho mandado pelo vigário

Meu camarada, eu moro aqui do lado
O terreno que tu cerca já tá cercado

Não entendi a assertiva do compadre
Se é lei chama o doutor
Se é milagre chama o padre

É muito simples, tu veja ali na frente
Tá vendo o laranjal, minha cerca passa rente

Terequitem, ô pra cá você não vem
Terequitem, que eu conserto a ti também
Terequitem, ô pra cá você não vem,
Terequitem, te prego um prego também.

Que dia quente, tem feito muito calor
Daqui há pouco, meu vizinho vê um disco voador

Se visse até pedia para descer
Quem sabe se um marciano
Consegue te esclarecer
Ó meu compadre, cê tá vendo assombração
Cê num e advogado, cê num é tabelião

Nem por isso eu deixei de fazer o justo
Se o sujeito enxerga torto
O direito dá um susto

Terequitem, ô pra cá você não vem
Terequitem, que eu conserto a ti também
Terequitem, ô pra cá você não vem,
Terequitem, te prego um prego também.

Tu cerca a terra, tu cerca até o mundo
Então cerca tua filha, toda noite aqui no fundo

Pois te conto um segredo
Cê não conta pra ninguém
Andam vendo tua mulher
Com o dono do armazém

Maledicência, eu já tó acostumado
Até dizem que o senhor é incapacitado
Eu tomo chuva, tomo ar puro de manhã
Minha saúde é de ferro, pergunte pra sua irmã

Nunca se está a salvo da falação alheia
Eis que um tipo parvo vem falar na minha oreia
Martelo prego, torniquete com serrote
Acerca de homem cego, quem tem vista dá o mote

Terequitem, ô pra cá você não vem
Terequitem, que eu conserto a ti também
Terequitem, ô pra cá você não vem,
Terequitem, te prego um prego também.

Terequitem, ô pra cá você não vem
Terequitem, que eu conserto a ti também



Credits
Writer(s): Francisco Eduardo Amaral, Samuel Rosa De Alvarenga
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