Fado

Será que sou lento por ser triste
Porque tudo julgo inútil e vão
E em terras nada mais me assiste
Que o refúgio de um navio na imensidão?

Ou será que sou triste por ser lento
Porque nunca me lanço ao vasto mundo
Só Lisboa junto ao Tejo é meu intento
Onde anônimo como sempre, me afundo

Não seria melhor seguir à deriva
Pelas vielas escuras da Mouraria?
Lá encontro muitos como eu, sem via
Os que vivem sem amor, fé, e alegria

Ou será que sou triste por ser lento
Porque nunca me lanço ao vasto mundo
E só Lisboa junto ao Tejo é meu intento
Onde anônimo como sempre, me afundo

Será que sou triste por ser lento
Porque nunca me lanço ao vasto mundo
Só Lisboa, junto ao Tejo é meu intento
Onde anônimo como sempre, me afundo



Credits
Writer(s): Cees C J J M Nooteboom, J Slauerhoff
Lyrics powered by www.musixmatch.com

Link