Na Volta Que o Mundo Dá

Iaradá, iê iaradá
Iê iaradá, iê iaradá
Iaradá, iê iaradá
Iê iaradá, iê iaradá

Um dia eu senti um desejo profundo
De me aventurar nesse mundo
Pra ver onde o mundo vai dar

Saí do meu canto na beira do rio
E fui pro convés de um navio
Seguindo pros rumos do mar

Pisei muito porto de língua estrangeira
Amei muita moça solteira
Fiz muita cantiga por lá

Varei cordilheira, geleira e deserto
O mundo pra mim ficou perto
E a terra parou de rodar

Com o tempo, foi dando uma coisa em meu peito
Um aperto difícil da gente explicar

Saudade não sei bem de quê
Tristeza não sei bem por quê
Vontade até sem querer de chorar

Angústia de não se entender
Um tédio que a gente não crê
Anseio de tudo esquecer e voltar, ô

Iaradá, iê iaradá
Iê iaradá, iê iaradá
Iaradá, iê iaradá
Iê iaradá, iê iaradá

Juntei os meus troços num saco de pano
E telegrafei pra meu mano
Dizendo que ia chegar

Agora aprendi por que o mundo dá volta
Quanto mais a gente se solta
Mais fica no mesmo lugar

Com o tempo, foi dando uma coisa em meu peito
Um aperto difícil da gente explicar

Saudade não sei bem de quê
Tristeza não sei bem por quê
Vontade até sem querer de chorar

Angústia de não se entender
Um tédio que a gente não crê
Anseio de tudo esquecer e voltar, ô

Agora aprendi por que o mundo dá volta
Quanto mais a gente se solta
Mais fica no mesmo lugar

Iaradá, iê iaradá
Iê iaradá, iê iaradá
Iaradá, iê iaradá
Iê iaradá, iê iaradá



Credits
Writer(s): Vicente Moreira Barreto, Paulo Cesar Francisco Pinheiro
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