Quase Desatento

Ele fitou fixamente o infinito
E nunca mais voltou
Nem reconhecia a própria sombra
Maravilhosamente só ficou

Às vezes há um universo
Às vezes há um novo chão
Uma esperança do que não se deu
Uma lembrança do que nem nasceu

Questionou-se culpado
Por não aderir ao movimento
Por andar só, sem ninguém ao lado
Sem palavra de ordem
Ao sabor dos ventos

Será preciso se engajar no amor?
Sentir saudade, alguma dor
Cometer até maldade
Fingir, mentir, matar alguma cor

Mas se ele contribuía mais assim
Pras respostas do mundo e outros fins
Por que teria que estar presente
Se tudo clareava quando estava ausente?

Confessou-se culpado
E não aderiu ao movimento
Seguiu só, sem ninguém ao lado
Sem palavra de ordem
Quase desatento

Confessou-se culpado
E não aderiu ao movimento
Seguiu só, sem ninguém ao lado
Sem palavra de ordem
Quase desatento



Credits
Writer(s): Fernanda Barbosa Takai, Marina Correia Lima, Climerio De Sousa Ferreira
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