A Mulher Do Meu Patrão

Eu tenho pena da mulher do meu patrão
Muito rica, tão bonita, ai, meu Deus, que mulherão
Não tem meninos, para não envelhecer
Mas nervosa, sofre muito, por não ter o que fazer

No atiço da panela, no batuque do pilão
Tem somente 15 filhos, mais o chacho do feijão
Sarampo, catapora, mais a roupa pra lavar
Resfriado, tosse braba, lenha para carregar

Pote na cabeça, tem xerém pra cozinhar
Tira o leite da cabrinha, tem o bode pra soltar
Vivo com a minha nega num ranchinho que eu fiz
Não se queixa, não diz nada e se acha bem feliz

Com tudo isso, ainda sobra um tempinho
Um agrado, um carinho, eu não quero nem dizer
Com tudo isso, ainda sobra um tempinho
E um moleque sambudinho todo ano é pra nascer

Eu tenho pena da mulher do meu patrão
Muito rica, tão bonita, ai, meu Deus, que mulherão
Não tem meninos, para não envelhecer
Mas nervosa, sofre muito, por não ter o que fazer

No atiço da panela, no batuque do pilão
Tem somente 15 filhos, mais o chacho do feijão
Sarampo, catapora, mais a roupa pra lavar
Resfriado, tosse braba, lenha para carregar

Pote na cabeça, tem xerém pra cozinhar
Tira o leite da cabrinha, tem o bode pra soltar
Vivo com a minha nega num ranchinho que eu fiz
Não se queixa, não diz nada e se acha bem feliz

Com tudo isso, ainda sobra um tempinho
Um agrado, um carinho, eu não quero nem dizer
Com tudo isso, ainda sobra um tempinho
E um moleque sambudinho todo ano é pra nascer



Credits
Writer(s): Nelson Valenca
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