Tamandaré
Zé Qualquer 'tava sem samba, sem dinheiro
Sem Maria sequer, sem qualquer paradeiro
Quando encontrou um samba inútil e derradeiro
Numa inútil e derradeira velha nota de um cruzeiro
Seu Marquês, Seu Almirante do semblante
Meio contrariado, que fazes parado
No meio dessa nota de um cruzeiro rasgado?
Seu Marquês, Seu Almirante, sei que antigamente
Era bem diferente, desculpe a liberdade
E o samba sem maldade deste Zé Qualquer
Perdão, Marquês de Tamandaré
Pedrão, Marquês de Tamandaré
Pois é, Tamandaré
A maré não tá boa
Vai virar a canoa
E esse mar não dá pé
Tamandaré, cadê as batalhas?
Cadê as medalhas?
Cadê a nobreza?
Cadê a marquesa, cadê?
Não diga que o vento levou o teu amor até
Pois é, Tamandaré
A maré não tá boa
Vai virar a canoa
E esse mar não dá pé
Tamandaré, meu marquês de papel
Cadê teu troféu?
Cadê teu valor?
Meu caro almirante
O tempo inconstante roubou
Zé Qualquer, tornou-se amigo do marquês
Solidário na dor que eu contei a vocês
Menos que queira ou mais faça
É o fim do samba, é o fim da raça
Zé Qualquer tá caducando
Desvalorizando com o tempo passa, passando
Virando fumaça, virando
Caindo em desgraça, caindo, sumindo
Saindo da praça, passando, sumindo
Saindo da praça, passando, sumindo
Saindo da praça, passando, sumindo
Saindo da praça, passando, sumindo
Sem Maria sequer, sem qualquer paradeiro
Quando encontrou um samba inútil e derradeiro
Numa inútil e derradeira velha nota de um cruzeiro
Seu Marquês, Seu Almirante do semblante
Meio contrariado, que fazes parado
No meio dessa nota de um cruzeiro rasgado?
Seu Marquês, Seu Almirante, sei que antigamente
Era bem diferente, desculpe a liberdade
E o samba sem maldade deste Zé Qualquer
Perdão, Marquês de Tamandaré
Pedrão, Marquês de Tamandaré
Pois é, Tamandaré
A maré não tá boa
Vai virar a canoa
E esse mar não dá pé
Tamandaré, cadê as batalhas?
Cadê as medalhas?
Cadê a nobreza?
Cadê a marquesa, cadê?
Não diga que o vento levou o teu amor até
Pois é, Tamandaré
A maré não tá boa
Vai virar a canoa
E esse mar não dá pé
Tamandaré, meu marquês de papel
Cadê teu troféu?
Cadê teu valor?
Meu caro almirante
O tempo inconstante roubou
Zé Qualquer, tornou-se amigo do marquês
Solidário na dor que eu contei a vocês
Menos que queira ou mais faça
É o fim do samba, é o fim da raça
Zé Qualquer tá caducando
Desvalorizando com o tempo passa, passando
Virando fumaça, virando
Caindo em desgraça, caindo, sumindo
Saindo da praça, passando, sumindo
Saindo da praça, passando, sumindo
Saindo da praça, passando, sumindo
Saindo da praça, passando, sumindo
Credits
Writer(s): Chico Buarque
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