Saudades
Não há no mundo patrício quem não conhece a saudade
Que puxa barbaridade como incomoda um vivente
Rondando constantemente nossas guaxas alegrias
Até fazer moradia dentro do peito da gente.
Eu nem sei bem explicar e poucos sabem também
Creio ser resto de um bem que fica erguido num gancho
Saudade é como carancho no ninho da passarada
É um cusco em noite de geada acoando dentro de um rancho
É minuano que assovia em tardezita de inverno
É guarda fogo de cerno se queimando noite a fora
Saudade é tinir de espora que ao chão batido repica
É tudo aquilo que fica daquilo que foi embora
É queimadura de laço que arde e deixa o sinal
É corcovo de bagual com cincha meio atrasada
Erva ruim em terra hortada que cresce com muito viço
É rodada de petiço correndo em terra lavrada
É o mio-mio do miudinho pelas pastagens do amor
Quem pega sente o sabor amargo do bem-querer
Por que não hei de dizer para falar a verdade
Também sofro de saudade, esse osso duro de roer
Por que será que ela existe só pra fazer-nos doente
Ela é na vida da gente, lhes digo falando baixo
Muito pior que porco guaxo quando nosso peito invade
Se foi Deus que fez saudade de certo tava borracho
Que puxa barbaridade como incomoda um vivente
Rondando constantemente nossas guaxas alegrias
Até fazer moradia dentro do peito da gente.
Eu nem sei bem explicar e poucos sabem também
Creio ser resto de um bem que fica erguido num gancho
Saudade é como carancho no ninho da passarada
É um cusco em noite de geada acoando dentro de um rancho
É minuano que assovia em tardezita de inverno
É guarda fogo de cerno se queimando noite a fora
Saudade é tinir de espora que ao chão batido repica
É tudo aquilo que fica daquilo que foi embora
É queimadura de laço que arde e deixa o sinal
É corcovo de bagual com cincha meio atrasada
Erva ruim em terra hortada que cresce com muito viço
É rodada de petiço correndo em terra lavrada
É o mio-mio do miudinho pelas pastagens do amor
Quem pega sente o sabor amargo do bem-querer
Por que não hei de dizer para falar a verdade
Também sofro de saudade, esse osso duro de roer
Por que será que ela existe só pra fazer-nos doente
Ela é na vida da gente, lhes digo falando baixo
Muito pior que porco guaxo quando nosso peito invade
Se foi Deus que fez saudade de certo tava borracho
Credits
Writer(s): Reges Oliveira De Castro Vieira, Antonio Wilclei Barbosa Magalhaes, Francisco Jose Zambianchi
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