Dia de Desfile II (A Apoteose)
Sábado de carnaval que beleza
Dia de desfile, desse jeito
É dia de desfile é, só alegria
Meu Rap é o enredo, som da periferia
Aqui bancada vai cantar a minha rima
E eu vou pra avenida ao som da minha bateria
É dia de desfile é, só alegria
Meu Rap é o enredo, som da periferia
Aqui bancada vai cantar a minha rima
E eu vou pra avenida ao som do Rap
20 e poucos anos já fazem milianos
O Rap é a viagem, São Paulo é a cidade
Demorou sim, foi difícil pra mim
A guerra não acabou, eu vou até o fim
Pois sou nó na madeira, tipo Jão Nogueira
Meu bumbo é pesado, tipo estação primeira
Na roda de samba eu sou sempre mais um bamba
Ai, na avenida eu sou o Imperador do Ipiranga
Bateria nota 10 se liga no breque
Tico no compadre e Luciano nos scratchs
Gosto dos versos de Dorival Caymmi
Vida de negro é difícil, mas não vou comprimir
Quero melhor para mim e para todos os meus
Acredito no trabalho sobre o que tem Deus
Com ele esqueço a dor, é tudo paz e amor
Por tudo isso agradeço ao senhor
Graças a Deus sou
Sou negrão sou
Graças a Deus sou
Sou negrão sou
Graças a Deus sou
Sou negrão sou
Sou negrão
Sou negrão
Meu enredo vem falar da coisas que vi pelas ruas
Doa a quem doer, a verdade nua e crua
Do moleque do farol até a preta velha gorda
Vai subindo o morro com a trouxa de roupa
Sem plano de saúde, sem paz, sem sossego
Vai levando a vida assim, sem dinheiro
Guerreira, parceira, mulher companheira
A honra da escola, a porta bandeira
Trazendo o estandarte, então abram alas
Diz o cavaleiro do morro, o mestre sala
Que sempre manda ideia pra toda a pivetada
Que passa o dia na favela sem fazer nada
Barraco de madeira, disse alegoria
Não tem roupa de marca, não tem fantasia
Sonhando quem dera um dia vencer na vida
Virar modelo é o sonha da passista na avenida
Ter vida de artista, trabalhar na TV
Sair para comprar tudo que sempre quis ter
Ir do morro para o asfalto, ter vida de madame
Restaurante francês, perfume italiano
Sou comissão de frente, isto minha gente
Pra ser consciente eu fui duro, diferente
Sempre pra frente, sempre informado
Revolucionando com a harmonia lado a lado
Na ala vejo toda a tradição
É dia de desfile irmão, eu sou negrão
(Dia de desfile, ai...)
Dia de desfile, desse jeito
É dia de desfile é, só alegria
Meu Rap é o enredo, som da periferia
Aqui bancada vai cantar a minha rima
E eu vou pra avenida ao som da minha bateria
É dia de desfile é, só alegria
Meu Rap é o enredo, som da periferia
Aqui bancada vai cantar a minha rima
E eu vou pra avenida ao som do Rap
20 e poucos anos já fazem milianos
O Rap é a viagem, São Paulo é a cidade
Demorou sim, foi difícil pra mim
A guerra não acabou, eu vou até o fim
Pois sou nó na madeira, tipo Jão Nogueira
Meu bumbo é pesado, tipo estação primeira
Na roda de samba eu sou sempre mais um bamba
Ai, na avenida eu sou o Imperador do Ipiranga
Bateria nota 10 se liga no breque
Tico no compadre e Luciano nos scratchs
Gosto dos versos de Dorival Caymmi
Vida de negro é difícil, mas não vou comprimir
Quero melhor para mim e para todos os meus
Acredito no trabalho sobre o que tem Deus
Com ele esqueço a dor, é tudo paz e amor
Por tudo isso agradeço ao senhor
Graças a Deus sou
Sou negrão sou
Graças a Deus sou
Sou negrão sou
Graças a Deus sou
Sou negrão sou
Sou negrão
Sou negrão
Meu enredo vem falar da coisas que vi pelas ruas
Doa a quem doer, a verdade nua e crua
Do moleque do farol até a preta velha gorda
Vai subindo o morro com a trouxa de roupa
Sem plano de saúde, sem paz, sem sossego
Vai levando a vida assim, sem dinheiro
Guerreira, parceira, mulher companheira
A honra da escola, a porta bandeira
Trazendo o estandarte, então abram alas
Diz o cavaleiro do morro, o mestre sala
Que sempre manda ideia pra toda a pivetada
Que passa o dia na favela sem fazer nada
Barraco de madeira, disse alegoria
Não tem roupa de marca, não tem fantasia
Sonhando quem dera um dia vencer na vida
Virar modelo é o sonha da passista na avenida
Ter vida de artista, trabalhar na TV
Sair para comprar tudo que sempre quis ter
Ir do morro para o asfalto, ter vida de madame
Restaurante francês, perfume italiano
Sou comissão de frente, isto minha gente
Pra ser consciente eu fui duro, diferente
Sempre pra frente, sempre informado
Revolucionando com a harmonia lado a lado
Na ala vejo toda a tradição
É dia de desfile irmão, eu sou negrão
(Dia de desfile, ai...)
Credits
Writer(s): Rildo Alexandre Barreto Da Hora, Sergio M Cabral, Antonio Luiz Jr.
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