De tudo e de nada

Por entre algas e corais
No embalo das marés
Correm ondas desiguais
Espreitam deuses de viés

Já lhes perguntei porquê
Riram-se do meu falar
Sempre estiveram aqui
E esperam continuar

Não nos têm mais atenção
Podem-se bem afogar
Sem que andas por aí
E tenho que me apressar

Ficaram as marcas na areia
Levou-as o vendaval
Tivesse eu vindo mais cedo
Há por aí um sinal

Não contam estrelas de noite
Não se ocupam de mortais
Sabem de tudo e de nada
E do resto pouco mais

Por entre algas e corais
No embalo das marés
Correm ondas desiguais
Espreitam deuses de viés

Não contam estrelas de noite
Não se ocupam de mortais
Sabem de tudo e de nada
E do resto pouco mais

Por entre algas e corais
No embalo das marés
Correm ondas desiguais
Espreitam deuses de viés



Credits
Writer(s): Joao Manuel Gil Lopes, Jose Francisco De Oliveira Carrapa
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