Meu Quelê

Quando meu Quelê não tinha nome
Batizar Quelê, vela pra quê
Quando meu Quelê sentia fome
Duas têtas pra três de comer
Meu Quelê crescendo galho em galho
Espreitado em fila de buzu
Meu Quelê que parido chorado
Tá no mundo pra ser mais um

Samba lêlê quelá
Sol da manhã papa
Quer jaçanã caçar
É zambaê aê
Samba lêlê quedá
Lua noite mama
Canta pra vê passar
É zambaê aê

Quando meu Quelê não via longe
Esperar têlê vendo Quelê
Quando meu Quelê queria um monte
De cantigas para adormecer
Meu Quelê meu braço meu futuro
Tua sorte ter te abraçar
Meu Quelê meu pedaço meu mundo
O meu chão, amor, meu esperar

Beija pai que rubra é a face do amor, os lábios largas labaredas quentes
Cabelos rajadas de vento, olhos rasgados de amêndoas
Não se paga o apreço pois não careço de mais que a constatação e a escolha segura
Beija pai, meu Quelê, que seu norte é de águas novas, que suas horas são do vento
E ventania tem começo e fim
Cuida Pai do seu tempo que esse vento avesso corre longe de mim
E é do meu apreço e querer beijar a face tenra de Quelê

Samba lêlê quelá
Sol da manhã papa
Quer jaçanã caçar
É zambaê aê
Samba lêlê quedá
Lua noite mama
Canta pra vê passar
É zambaê aê



Credits
Writer(s): Hélder Agostini
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