Lindalva

Lembra Lindalva a doideira da gente amar
Correndo os campos
A lua cheia em teus seios como um colar
E a estrela d'alva a enfeitar teus cabelos.

Lembra Lindalva da gente rolando
Sobre um colchão feito de capim novo
Duas pessoas e os bichos olhando
Como dois bichos no meio do povo.

Mas depois veio a distância a nos separar
E o tempo é coisa que jamais recua
Dando ao destino uma chance de atravessar
Algo entre nós assim como uma rua.

Foi nosso amor uma história singela
Que aconteceu e acabou num relance
Feito o capítulo de uma novela
Que não mostrou o final do romance.

Sabe Lindalva não vale ninguém guardar
Nenhum rancor por não ter dado certo
Um dia a gente se encontra em qualquer lugar
Quero te ver, como eu, de peito aberto.

Sei que é difícil que um dia isso ocorra
Mas lembre apenas do que foi bonito
Pois jura de amor sem fim nem que morra
Lembrado assim será sempre infinito.



Credits
Writer(s): Paulo Cesar Francisco Pinheiro, Francis Victor Walte Hime
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