Desgarrado / Rumo as Terras do Rei do Gado (Ao Vivo)

Sou filho do tempo e da mãe natureza
Acompanho o vento pra onde ele for
Criado no campo cresci desgarrado
Maneador nas patas ninguém vai me pôr

Pra correr estradas tenho o meu cavalo
Bagual ensinado só falta falar
Se alguém se atrever a pôr a mão no toso
O bicho sestroso pega a manotear

Nunca fui querido pelos invejosos
Por isso uma história agora vou contar
Perto da fazenda que estou trabalhando
De uma carreirada quis participar

Não me convidaram por ser forasteiro
Também meu dinheiro ninguém quis pegar
Me viraram as costas, foram me falando
Para bandoleiro aqui não tem lugar

Preparei meu pingo para ir embora
No galpão meus trastes comecei juntar
Senti no meu ombro uma mão macia
E uma voz suave começou falar

Sou dona da estância e estou resolvida
Sua montaria já mandei selar
Seu pingo é de raça e eu dou a garantia
Que essa carreirada nós vamos ganhar

Meu pingo ligeiro ganhou a carreira
E a fazendeira veio me falar
Quero que prometa que não vai embora
Se seu potro nele me deixar montar

O bicho manhoso tornou-se amistoso
Quando a caprichosa em seu lombo saltou
Sorriu maliciosa pra mim, já orgulhosa
Certa que também meu coração pealou

Agora em seus braços vivos, apaixonado
E o pingo na invernada ela mesmo solto

Irrá, simbora' moçada
Assim então

Deixei o estado de Mato Grosso
Partindo de Cuiabá
Chegando em Campo Grande
A saudade fez lembrar

Dos bailes da mocidade
Que eu dançava a noite inteira
Das manhãs e madrugadas
Das viagens pantaneiras

O meu trucado conhece
Cada palmo deste chão
Quando passa por Dourados
Já conhece a direção

Chegando em Nova Andradina
Logo vem Bataiporã
De balsa atravesso o estado
Em primavera é manhã
Na cidade Barrageira
abasteço o caminhão

Eu vou em busca
Das terras do rei do gado
Da cidade de Andradina
Terra da cintura fina
No estado de São Paulo

Eu vou em busca
Da minha mulher querida
Sei que tudo nesta vida
Que eu quero é chegar lá

O meu trucado conhece
Cada palmo deste chão
Quando passa por Dourados
Já conhece a direção

Chegando em Nova Andradina
Logo vem Bataiporã
De balsa atravesso o estado
Em primavera, é manhã
Na cidade Barrageira
abasteço o caminhão

Eu vou em busca
Das terras do rei do gado
Da cidade de Andradina
Terra da cintura fina
No estado de São Paulo

Eu vou em busca
Da minha mulher querida
Sei que tudo nesta vida
Que eu quero é chegar lá
Chegar lá



Credits
Writer(s): Emerson Justino De Souza, Waldomiro Valerio Bittencourt
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