Particulares

O vento percorre as ondas dos mares
Trazendo canções de outros lugares
E as flores não são, particulares
Passando a bola pra receber
Você só veria a vida crescer
Veria um lindo jardim, florescer

Você não conhece o prazer de se dar
E quer muito mais do que merece ganhar
E leva pro túmulo sua acumulação

E o coração preso, bate e alerta
Querendo encontrar as janelas abertas
Mas sua avareza controla e não, te liberta

Dinheiro versos dinheiro o dinheiro está em tudo
Dinheiro versos dinheiro o dinheiro controla o mundo
O jogo é sujo e o sistema é sedutor
Todos tem preço, imprensa, juiz, a puta e o amor
Você se defende seja como for
Pois o que não tem preço fatalmente tem valor
Tabloides vendem o argumento de que é super normal
Alguns se darem bem e a maioria tão mal

Apostam no caos só pra lucrar adiante
E esse game é mesmo louco, sórdido e massacrante
Olhe ao seu redor e preste um pouco de atenção
Crianças catam no lixo a sobra da diversão

Miséria, barraco, mofo, conceito pré-definido
Que a Burguesia criou, pra tornar o meu povo bandido
Sudeste em seca, cimento sufoca a natureza
Quem não tem tempo pro amor abraça a avareza

Fazendo dinheiro, religião
Paixão, amor, desejo, apego e ostentação
Quando se quer tudo, nada se tem
Não acredita em Deus só nas nota de cem

Você não conhece o prazer de se dar
E quer muito mais do que merece ganhar
E leva pro túmulo sua acumulação

Crianças crescendo em todos os lares
O vento voando sobre os palmares
E as flores são, particulares
As flores são, particulares

O vento



Credits
Writer(s): Flavio Renegado, Francisco Eduardo Fagundes Amaral
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