Vanerão Sambado

Fiz um vanerão sambado
Este samba vaneirado que até hoje ninguém viu
Só pra ver como é que fica
Gaita, ponto com cuíca, olha só o que saiu

Cavaquinho com guitarra
Tá na cara que dá farra e muito pano pra manga
Bombo leguero e pandeiro
Vai ser aquele entrevero na minha escola de samba

E com chimarrão e mel todos vão dizer no pé
No galpão ou na favela
E quem sabe em fevereiro eu não saia de gaiteiro
Na Mangueira ou na Portela

E quem sabe em fevereiro eu não saia de gaiteiro
Na Mangueira ou na Portela

Seu Chico avise o passista
Que a chinoca vai pra pista vaneirar no meu sambão
E o ginete não se afrouxa
Vai esperando as cabrochas pra sambar no vanerão

Esse vanerão sambado pode crer que dá babado
Com dois roncos diferentes
A cuíca com seu breque e a gaita ponto que é um leque
Não vai ter ninguém que aguente

E com chimarrão e mel todos vão dizer no pé
No galpão ou na favela
E quem sabe em fevereiro eu não saia de gaiteiro
Na Mangueira ou na Portela

E quem sabe em fevereiro eu não saia de gaiteiro
Na Mangueira ou na Portela

O som desse reco-reco
Chega até me dar um treco, pois faz cócegas no fole
E este tal de repinique
Deixa a gente no chilique, boca seca em corpo mole

Mas seu Chico não se zangue
Com esta cruza de sangue debaixo de um céu de anil
É o Rio Grande hospitaleiro
E o meu Rio de Janeiro, afinal, tudo é Brasil

E com chimarrão e mel todos vão dizer no pé
No galpão ou na favela
E quem sabe em fevereiro eu não saia de gaiteiro
Na Mangueira ou na Portela

E quem sabe em fevereiro eu não saia de gaiteiro
Na Mangueira ou na Portela



Credits
Writer(s): Heber Artigas Armua Fros, Bruce Vaine De Souza Darde
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