Presença Ausente

Que saudade
Um buraco dolorido na alma
A presença de uma ausência
O corpo sabe que alguma coisa está faltando
Um pedaço nos foi arrancado
A saudade é como uma aura que nos rodeia
Por onde quer que a gente vá, ela vai também
Tudo que é bonito fica triste
Mas o bonito sem a pessoa amada é triste, triste
E aí então, a gente descobre o que significa amar
Esse desejo pelo reencontro que trará alegria de volta
A saudade se parece muito com a fome
A fome é um vazio, o corpo sabe que alguma coisa está faltando
A fome é a saudade do corpo
A saudade é a fome da alma

Tem um pedaço seu que me assombra todo dia
Me chama, me arrepia
Meu drama, minha alegria
Um delírio meu, tão doce que contagia
Aquece minha cama fria
Proclama minha poesia
E eu escrevo entre os lençóis
E fecho os olhos, fico a sós
Crio um mundo só pra nós
Quase escuto a sua voz
Ecos pela eternidade
Causas, cidades, vielas e muros
Têm vários furos
E na verdade são todos buracos de saudade
E o mundo em guerra por poder desde o início
Entre o céu e a terra, sonhando com o paraíso
Espinho na carne, solidão, alarme
Eu faço uma prece pra que eu não desarme
Exclusão, fatores, corredor de cores
Balas de opressores vem dos defensores
Mas tem Rap n' Roll, meu job
Funk, Soul, Chay, Bob
Festa, show, flow, lobby
Nada disso cobre
Preâmbulos incômodos
Vejo nossos corpos nus
Palavras, toques e luz
Memória que me seduz
Um gole, um trago
Afago amargo
Um peito apertado
Nosso amor roubado
Nosso amor roubado
Nosso amor roubado
Um peito apertado

Preâmbulos incômodos
Preâmbulos incômodos
Preâmbulos incômodos
Preâmbulos incômodos
Preâmbulos incômodos
Preâmbulos incômodo
Preâmbulos incômodos
Preâmbulos incômodos

Preâmbulos incômodos
Preâmbulos incômodos
Preâmbulos incômodos
Preâmbulos incômodos
Preâmbulos incômodos
Preâmbulos incômodo
Preâmbulos incômodos
Preâmbulos incômodos