Mensageiro da Desgraça (Ao Vivo)

Pintado pra batalha com sujeira, piche e carvão
Escuto o som da cachoeira na avenida São João
Sigo o rumo da floresta no Viaduto do Chá
Na selva de concreto, estou pronto pra lutar

Cansei da fome e do crack
Da miséria e da cachaça
Cansei de ser humilhado
Sou o mensageiro da desgraça

Cansei da fome e do crack
Da miséria e da cachaça
Cansei de ser humilhado
Sou o mensageiro da desgraça

Vejo meus antepassados, vou vingar meus irmãos
Que são queimados enquanto dormem no chão
Escuto o som dos pássaros, vou vingar minhas irmãs
Qe são estupradas na luz da manhã (hey!)

Cansei da fome e do crack
Da miséria e da cachaça
Cansei de ser humilhado
Sou o mensageiro da desgraça

Cansei da fome e do crack
Da miséria e da cachaça
Cansei de ser humilhado
Sou o mensageiro da desgraça (ah!)

Subindo as escadas do Teatro Municipal
Pintado com palavra, terra e tinta de jornal
Andando contra os carros e aviões na marginal
A esperança cega não me livrará do mal

Cansei da fome e do crack
Da miséria e da cachaça
Cansei de ser humilhado
Sou o mensageiro da desgraça

Cansei da fome e do crack
Da miséria e da cachaça
Cansei de ser humilhado
Sou o mensageiro da desgraça



Credits
Writer(s): Sergio Affonso, Paulo Miklos, Antonio Bellotto
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