O sopro do coração

Sim, o amor é vão
É certo e sabido
Mas então (porque não)
Porque sopra ao ouvido
O sopro do coração
Se o amor é vão
Mera dor
Mero gozo
Sorvedouro caprichoso

No sopro do coração...

Mas nisto o vento sopra doido
E o que foi do corpo
Num turbilhão sopra doido
E o que foi do corpo alado
Nas asas do turbilhão
Nisto já nem de ar precisas
Só meras brisas
Raras
Raras
Raras

Corto em dois limão
Chego ao ouvido
Ao frescor
Ao barulho
Á acidez do mergulho

No sangue do coração
Pulsar em vão
É bem dele
É bem isso
E apesar disso
Eriça a pele

No sopro do coração...
No sopro do coração...

Mas nisto o vento sopra doido
E o que foi do corpo
Num turbilhão sopra doido
E o que foi do corpo alado
Nas asas do turbilhão
Nisto já nem de ar precisas
Só meras brisas
Raras
Raras
Raras

No sopro do coração...

Sim, o amor é vão
Todo amor é vão

Mas nisto o vento sopra doido
E o que foi do corpo
Num turbilhão sopra doido
E o que foi do corpo alado
Nas asas do turbilhão
Nisto já nem de ar precisas
Só meras brisas
Raras

Sopra doido
E o que foi do corpo alado
Nas asas do turbilhão
Nisto já nem de ar precisas
Só meras brisas
Raras
Raras
Brisas raras



Credits
Writer(s): Sergio De Barros Godinho, Helder Goncalves
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