Paisagem na Janela

Quando eu falava dessas cores mórbidas
Quando eu falava desses homens sórdidos
Mas eu falava desse temporal

Da janela lateral do quarto de dormir
Eu vejo uma igreja, um sinal de glória
Vejo um muro branco e um voo pássaro
Vejo uma grade num velho sinal

Mensageiro natural de coisas naturais
Quando eu falava dessas cores mórbidas
Mas eu falava destes homens sórdidos
Quando eu falava desse temporal, você não escutou

Você não quer acreditar, mas isso é tão normal
Você não quer acreditar que eu apenas era

Cavaleiro marginal banhado em ribeirão
Cavaleiro negro que viveu mistérios
Cavaleiro e senhor de casa e árvores
Sem querer descanso nem dominical

Cavaleiro marginal, lavado em ribeirão
Eu conheci as torres e os cemitérios
Conheci os homens e os seus velórios
Eu olhava da janela lateral do quarto de dormir

Você não quer acreditar, mas isso é tão normal
Você não quer acreditar, mas isso é tão normal
Um cavaleiro marginal, banhado em ribeirão
Você não quer acreditar



Credits
Writer(s): Fernando Brant, Salomao Borges Filho
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