Casa de Caboclo - Ao Vivo

Quem vê aquela casa de caboclo
Feita de palha e reboco
Que a mata beija e abraça

Como pode saber?
Olhando assim lá de fora
Que dentro desse rancho mora
A mais bela flor da raça

Falo da Rosa
Que quando me beija
A minha pele acobreia
Minha alma chora

Flor mestiça
Que não tem receio
Em ser brasiliana
Quando aflora

Bendito
Aquele que semeia
Verdes a mão cheia
E diz a flor floreia

Você quase não sabe nada sobre mim
Uma vez, eu fui morar no alto da colina
E fiquei tão abismada com a beleza natural
O rio, a cachoeirinha, a mata
Que empilhei uma casa apoiada nas pedras e mudei
Mudar e morar na casa da colina mudou tudo
Mudou a mim, mudou a vida
Lá, como não havia luz elétrica
Eu dependia de lampiões, candeeiros
Para me locomover com gentileza pelo escuro
De noite eu via os vagalumes incendiando o breu
Se a noite estava estrelada
Eu dormia fora da casa e me deslumbrava
Tanta estrela me transportava para um céu acolhedor
Só tinha anjo lá
A casa me ensinou a pertencer a um lugar
O lampião iluminava o ambiente mas o candeeiro
O candeeiro era íntimo
Eu mesmo carregava luz por onde ia
Havia uma sensação de amor difícil de explicar
Era como se eu estivesse transportando amor
Uma carregadeira do amor
Você não me vê assim
Vê?
Pois essa sou eu



Credits
Writer(s): Roque Augusto Ferreira, Paulo Dafilin
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