Crime Vai e Vem (Ao Vivo)

O crime vai, o crime vem
Minha quebrada tá normal e eu tô também
O movimento dá dinheiro, sem problemas
E o consumo tá em alta como manda o sistema

O crime vai, o crime vem
Minha quebrada tá normal e eu tô também
Onde há fogo, há fumaça

Tá vendo aquele truta parado ali?
Bolando ideia com os mano na esquina
É envolvido com crack, maconha e cocaína
Tirou cadeia, cumpriu a sua cota
Pagou o que devia mas agora ele tá de volta

Saudades da quebrada, família
Coração amargurado pelo tempo perdido na ilha
Se levantar agora é só, nada mais importa
Louco é mato, tá cheio no morro, não falta

Esses anos aguardou paciente
O limite é uma fronteira criada só pela mente
Conta com o que ficou e não o que perdeu
Quem vive do passado é memória, museu

Dinheiro, segredo, palavra-chave
Manipula o mundo e articula a verdade
Compra o silêncio, monta a milícia
Paga o sossego, compra a política

Aos olhos da sociedade é mais um bandido
E a bandidagem paga o preço pela vida
Vida entre o ódio, traição e o respeito
Entre a bala na agulha e uma faca cravada no peito
Daquele jeito

Ninguém ali brinca com fogo
Perdedor não entra nesse jogo
É como num tabuleiro de xadrez
Xeque-mate, vida ou morte

1, 2, 3, vê direito
Para, pensa, nada a perder
O réu acusado já foi programado pra morrer
Quem se habilita a debater?
Quem cai na rede é peixe, não tem pra onde correr

O crime vai, o crime vem
Na quebrada tá normal e eu tô também
O movimento dá dinheiro sem problema
E o consumo tá em alta como manda o sistema

O crime vai, o crime vem
A quebrada tá normal e eu tô também
Onde há fogo, há fumaça
Onde chega a droga é inevitável, embaça

Eu tô aqui com uma 9 na mão
Cercado de droga e muita disposição, ladrão
Fui rotulado pela sua sociedade
Um passo a mais pra ficar na criminalidade

Meu cotidiano é um teste de sobrevivência
Já tô na vida, então, paciência
Pra cadeia não quero, eu não volto nunca mais
Aê truta, se for pra ser, eu quero é mais

Aqui é mó covil, ninho de serpentes
Tem que ser louco pra vir bater de frente
Minha coroa não pode passar veneno
Já é velha e meu moleque ainda é pequeno

Um irmão morreu, o outro se casou
Saiu dessa porra, firmeza, se jogou
Só eu fiquei fazendo tempo por aqui
Tentei evitar, mas não consegui sair

Se meu futuro estiver traçado
Eu vou até o fim só pra ver o resultado
Quero dinheiro e uma vida melhor
Antes que meu castelo se transforme em pó

Só o vício da morte está à venda
Em cada rua uma alma, em cada alma uma encomenda
O consumo pra alguns é uma ameaça
Vários desanda, vacila e vira caça

Tem mano que dá várias narigada ali
Cheira até umas horas
Então, deixa cair

É intensidade o tempo inteiro
Cartel Latino, São Paulo ao Rio de Janeiro
Dá mó dinheiro, dólares
Ralo de sócio
Nesse ramo são que nem abutre nos negócios
A noite chega, a febre aumenta
Pode ser da paz ou curviana violenta



Credits
Writer(s): Mano Brown
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