Se

E se o rio quiser recolher, como manso, como rastro,
como sábio, como escravo. E se agente parar?

Ah! Ah! Sede de ver tudo acabar,
Perder o chão. Vamos ventar, virar carvão pra consumar.

E se o louco nos amanhecer? Feito ingênuo. Feito lábio
Feito um traço, um desenho. E se a gente entender?

Ah! Quero escorrer, ser virar teu leito
Pra me encontrar, ar pra sufocar, quebro no chão, mão,
Cato o vapor, cor, morro maior, qual mais do que o amor
pra 'eternizar

E se tudo virar explosão? Pelas ruas, na calçada
Na esquina, no veneno, na mão dela. E se a gente calar?



Credits
Writer(s): Rozana Bruno Lopes
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