Bossa 9
Bença, Vinicius e Tom / dá licença, desculpa incomodar o vosso bom e merecido sossego / aí em cima deve ser maravilha, sem medo / sem guerrilha, sem miséria e desemprego / dá um abraço no Ray Charles pro mim, outro pro Tim / mas hoje eu só vim pra fazer um desabafo / porque a coisa tá ficando ruim / não é só nem é só em Ipanema nem é só aqui no Rio que tá assim / mas às vezes dá vontade de pegar o Antônio Carlos Jobim / por onde vem cada vez menos turista e por onde sai cada vez morador assustado / infelizmente dá vergonha de viver nesse Estado / ó, Cristo Redentor, braços abertos / não deixe o tiroteio sufocar nossos versos / se eu declamo e se eu reclamo é porque eu amo isso aqui / se a gente chora é porque sabe que merece sorrir.
"Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça / é ela, menina, que vem e que passa / num doce balanço / a caminho do mar" / Se eu reclamo é porque eu amo isso aqui
A praia tá bonita, as garotas mais ainda, coisa mais linda / mais cheia de graça aqui no Posto Nove / não há quem reprove, eu fico louco / só um pouco, mais um pouco dessa água de coco / vale a pena vir aqui pra ver / meu skate e o walkman eu fico zen ouvindo esse CD / é só descer a Vinicius de Moraes / com a Lagoa ali atrás e na frente o mar aberto, pode crer / é deslumbrante, a vista, mas é bom ficar esperto / que os ladrões vêm pedalando e dão o bote certo / é bicicleta, poeta, e a polícia não acompanha / quem dá mole vira boi piranha / olha que coisa mais feia, arrastão na areia / quanto ladrão e um turista sem ação perdeu até o calção / dava até um boa samba, bossa nova, vem que tem / deixa comigo Poetinha, eu sou poeta também / tudo que eu falo vem do coração, não sou um Vinicius / mas também tenho esse vício, cê me perdoa / sabe como é... inspiração / a gente vai rimando à toa, coisa ruim com coisa boa
Refrão
Deixa comigo, Maestro, que eu faço o meu som / não sou um Jobim, mas também rimo no Tom / chamei o meu filho assim, e foi em sua homenagem / e foi com ele que eu vim a fim de curtir a paisagem / a gente tá de passagem, mas não tá de bobeira / é o mistério profundo, é o queira ou não queira / eu já rodei meio mundo feito um pião vagabundo / mas sempre volto pra casa pra me curar da tonteira / uou! o Haiti não é aqui, mas é Vigário Geral logo ali / e é geral querendo subir a Rocinha pra controlar o morrão / e a garotada na laje soltando pipa e rojão / uou! uou! olha a galera zoando na condução / voltando da praia lá pra Baixada / amanhã tem trabalho, se não tiver chacina / de inocente e de criança hoje de madrugada / uou! uou! olha a menina passando no calçadão, vendendo o seu corpo mas não a alma / por causa do amor e da beleza que existe / o sol se pôs em Ipanema e ela também bateu palma.
"Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça / é ela, menina, que vem e que passa / num doce balanço / a caminho do mar" / Se eu reclamo é porque eu amo isso aqui
A praia tá bonita, as garotas mais ainda, coisa mais linda / mais cheia de graça aqui no Posto Nove / não há quem reprove, eu fico louco / só um pouco, mais um pouco dessa água de coco / vale a pena vir aqui pra ver / meu skate e o walkman eu fico zen ouvindo esse CD / é só descer a Vinicius de Moraes / com a Lagoa ali atrás e na frente o mar aberto, pode crer / é deslumbrante, a vista, mas é bom ficar esperto / que os ladrões vêm pedalando e dão o bote certo / é bicicleta, poeta, e a polícia não acompanha / quem dá mole vira boi piranha / olha que coisa mais feia, arrastão na areia / quanto ladrão e um turista sem ação perdeu até o calção / dava até um boa samba, bossa nova, vem que tem / deixa comigo Poetinha, eu sou poeta também / tudo que eu falo vem do coração, não sou um Vinicius / mas também tenho esse vício, cê me perdoa / sabe como é... inspiração / a gente vai rimando à toa, coisa ruim com coisa boa
Refrão
Deixa comigo, Maestro, que eu faço o meu som / não sou um Jobim, mas também rimo no Tom / chamei o meu filho assim, e foi em sua homenagem / e foi com ele que eu vim a fim de curtir a paisagem / a gente tá de passagem, mas não tá de bobeira / é o mistério profundo, é o queira ou não queira / eu já rodei meio mundo feito um pião vagabundo / mas sempre volto pra casa pra me curar da tonteira / uou! o Haiti não é aqui, mas é Vigário Geral logo ali / e é geral querendo subir a Rocinha pra controlar o morrão / e a garotada na laje soltando pipa e rojão / uou! uou! olha a galera zoando na condução / voltando da praia lá pra Baixada / amanhã tem trabalho, se não tiver chacina / de inocente e de criança hoje de madrugada / uou! uou! olha a menina passando no calçadão, vendendo o seu corpo mas não a alma / por causa do amor e da beleza que existe / o sol se pôs em Ipanema e ela também bateu palma.
Credits
Writer(s): Gabriel Contino, Marcus Vinicius Da Cruz De M. Moraes, Antonio Carlos Brasileiro De A Jobim, Itaal Shur
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