Noite Fria
Lá estava eu, na cena em que jamais esquecerei
Eu mais dois amigos na ideia que citarei
Se perguntarem para eles como foi aquela sexta 13
O chicote estalou milhões de vezes
Eu corri para alcançar o último busão pro centro da cidade
Noite fria, um arsenal trazia na bagagem
No Walkman ouvindo Sabotage
A rua tá tranquila isso deve ser miragem
Desci na Miller com a Maria Marcolina
Senti o odor da creolina e a chuva fina
Cai do céu, fui pelo Brás até a Luz
Depois pro Terminal Princesa Isabel
No pique pro arrebento, trombei meus manos
Na madrugada eu tava atento e tinha planos (haha)
Decidimos cair pra zona norte (e ai?)
Adrenalina era o nosso esporte
Logo que eu desci do buso eu vi, um beral de pastilhinha de 89
Meu comparsa sorri, já pensa em subir
Mas eu vejo o giroflex na esquina e a viatura surge
Na neblina, eu dou a fuga e meus comparsas também vêm
Felizmente os ratos desta vez não vão pegar ninguém
Mas foi um engano
Eles fingiram que não viram, mas da esquina ficaram passando um plano
Xiu! Vamo sair na maciota ah, não sei se é Tático ou Rota
Pulo com meus aliados pra casa do lado tentando fugir dos gambés
Fomos interceptados por cães adestrados tentando morder nosso pé
Vi que uma luz acendeu, o morador acordou
Quando um grito ele deu e logo nos caguetou
Não teve fuga, chegou a nossa hora
Com as mãos pra cima nós saímos pra fora
Assim que saímos, com socos fomos recebidos
Meu truta se viu humilhado e disse não somos bandidos
Aquilo evocou a fúria, pros tiras soou como injúria
Me lembro bem do momento, quando eles começaram o espancamento
Meu truta desacordado, todo zuado, feio na foto
Pois foi massacrado de um jeito que dá dó
Numa noite fria eu vejo o sangue do meu mano sob a bota de um marginal fardado
Revolta vem e a minha alma encarde
Pois eu me omiti, confesso me senti covarde
Gravei os rostos deles e vou denunciá-los
Mas as fardas não tem nomes, como identificá-los?
Eu vejo meu final de um jeito tão banal
Ele apontou pra mim, puxou o gatilho
Bal-bal
Eu mais dois amigos na ideia que citarei
Se perguntarem para eles como foi aquela sexta 13
O chicote estalou milhões de vezes
Eu corri para alcançar o último busão pro centro da cidade
Noite fria, um arsenal trazia na bagagem
No Walkman ouvindo Sabotage
A rua tá tranquila isso deve ser miragem
Desci na Miller com a Maria Marcolina
Senti o odor da creolina e a chuva fina
Cai do céu, fui pelo Brás até a Luz
Depois pro Terminal Princesa Isabel
No pique pro arrebento, trombei meus manos
Na madrugada eu tava atento e tinha planos (haha)
Decidimos cair pra zona norte (e ai?)
Adrenalina era o nosso esporte
Logo que eu desci do buso eu vi, um beral de pastilhinha de 89
Meu comparsa sorri, já pensa em subir
Mas eu vejo o giroflex na esquina e a viatura surge
Na neblina, eu dou a fuga e meus comparsas também vêm
Felizmente os ratos desta vez não vão pegar ninguém
Mas foi um engano
Eles fingiram que não viram, mas da esquina ficaram passando um plano
Xiu! Vamo sair na maciota ah, não sei se é Tático ou Rota
Pulo com meus aliados pra casa do lado tentando fugir dos gambés
Fomos interceptados por cães adestrados tentando morder nosso pé
Vi que uma luz acendeu, o morador acordou
Quando um grito ele deu e logo nos caguetou
Não teve fuga, chegou a nossa hora
Com as mãos pra cima nós saímos pra fora
Assim que saímos, com socos fomos recebidos
Meu truta se viu humilhado e disse não somos bandidos
Aquilo evocou a fúria, pros tiras soou como injúria
Me lembro bem do momento, quando eles começaram o espancamento
Meu truta desacordado, todo zuado, feio na foto
Pois foi massacrado de um jeito que dá dó
Numa noite fria eu vejo o sangue do meu mano sob a bota de um marginal fardado
Revolta vem e a minha alma encarde
Pois eu me omiti, confesso me senti covarde
Gravei os rostos deles e vou denunciá-los
Mas as fardas não tem nomes, como identificá-los?
Eu vejo meu final de um jeito tão banal
Ele apontou pra mim, puxou o gatilho
Bal-bal
Credits
Writer(s): Carlos Henrique Benigno
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