Não Vá!

Me veio agora na memória nós
Entre coisas que eu nunca esqueci
Procurei falar pra alguém
Algo que contasse de mim

Tantos tentaram falar, mas não souberam dizer
Ouvi que ela esperava algo impressionante
Minhas gírias não diriam o que ela merecia
As palavras não falavam o que eu sentia

Não vim pra ser turista
Nas ruas de amargura dessa solidão
Eu joguei tudo pro ar
Pra testar se alguma coisa que eu lancei sabia voar
Se voasse, que voltasse pro mesmo lugar

Te peço que não vá
Não vá, não vá
Não vá, não vá

Difícil pra dizer
Mas alguém tinha que falar
Não vá, não vá
Não vá, não vá

Te peço que não vá
Não vá, não vá
Não vá, não vá

Difícil pra dizer
Mas alguém tinha que falar
Não vá, não vá
Não vá, não vá, não

É minha burocracia, não canto pra gente vazia
Era pra ser um depoimento, as pessoas viram poesia
E por mais que minha postura mostrasse frieza
Pra te contar que aquilo tudo era uma defesa

Não que eu me ache o cara certo pra dizer
Eu tenho a sede de surpreender
E acabo tropeçando nesse pensamento de criança
O meu jeito espontâneo, confundiram com arrogância

Eu não vim pra ser turista
Nas ruas de amargura dessa solidão
Eu joguei tudo pro ar
Pra testar se alguma coisa que eu lancei sabia voar
Se voasse, que voltasse pro mesmo lugar

Te peço que não vá
Não vá, não vá
Não vá, não vá

Difícil pra dizer
Mas alguém tinha que falar
Não vá, não vá
Não vá, não vá

Te peço que não vá
Não vá, não vá
Não vá, não vá

Difícil pra dizer
Mas alguém tinha que falar
Não vá, não vá
Não vá, não vá, não
Não me deixe só

Não vá, não
Não vá
Não vá, não
Não vá



Credits
Writer(s): Sergio Luis Soares Campo Dallorto
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