Tão Iguais - Ao Vivo

Eu grito pelo meu país que finge
Os absurdos tão normais onde estou

Eu desejei o teu lugar
Quis agir da mesma forma
Aqui todos são iguais!

Impunidade usada pra vencer
Comprada com seus votos e sua omissão
Legislar ou pedir pão
Não seja tão honesto ou irá morrer!
Se resignar e aceitar, se eles são apenas dez?
Não terá o seu quinhão tão sujo quanto o deles

Normalidade!
Senso comum!

Me lembro como se fosse ontem do meu pai me falando que o excesso de desejo pode nos conduzir a ruína
Que o verdadeiro soberano governa porque sabe servir
Mas eu cresci e vi os absurdos na sociedade doente que glorifica o poder e exalta a serpente
Racista, machista, incoerente
Faces cansadas, necessidades inventadas pelas telas planas da mentira

Eu desejei este lugar
Quis agir da mesma forma
Aceitar os mais iguais!

Eu desejei o meu lugar
Vou agir da minha forma
Quero coisas mais reais!

Não, não quero teu progresso provinciano
Nem os hectares do teu eucalipto infecundo
Nem a morfina audiovisual nos sofás de domingo
Enquanto a indústria bélica patrocina novas guerras pelo mundo
Por isso decidi não encher meus bolsos com areia e pedras
Por isso me empenho na edificação do coletivo
Por isso eu grito, choro e canto
Por mim, por meus amores, amigos e irmãos
E por todos que sofrem na América do Sul, no Brasil e no estado do Espírito Santo



Credits
Writer(s): Rodrigo Alves Lima, Leandro Pretti Mozachi, Alyand Mielle Barbosa, Philippe Fargnoli De Oliveira, Tiago Borges Serrano
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