Bicho, Eu Vou Voltar

Lará, lará, lará
Lará, lará, lará
Lará, lará, lará
Lará, lará, lará

Bicho, com todo o respeito
Dá licença, eu vou voltar
Ô, desafio, pai d'égua
Pra cabra macho enfrentar

Falei com Carmélia e Sivuca
Pro Zé Dantas, o que eu fiz foi rezar
Mas o caso é que é modestamente
Bicho, eu vou voltar

Bicho, falar não é preciso
Rei Luiz vai me ajudar
Hervé, Guio, Marino, minha gente
Tão aí pra desencabular

Caetano, muito obrigado
Por me fazer lembrar
Não a mim, mas aquilo que eu fiz
(Quando o verde dos teus olhos)
Pro meu Brasil cantar

Lará, lará, lará
Lará, lará, lará
Lará, lará, lará
Lará, lará, lará

Tá doido, é duro, seu mano
A gente tem que respeitar
Tem Gil, Capinam, tem Chico
Tem Tom, pra no tom não se errar

Mas se pego a viola
E ponteio meu acordes mais ternos
É duro, eu me esqueço de inverno
Bicho, eu vou voltar

Lará, lará, lará
Lará, lará, lará
Lará, lará, lará
Lará, lará, lará

Bicho, com todo o respeito
Dá licença, eu vou voltar
Ô, desafio, pai d'égua
Pra cabra macho enfrentar

Falei com Carmélia e Sivuca
Pro Zé Dantas, o que eu fiz foi rezar
Mas o caso é que é modestamente
Bicho, eu vou voltar

Lará, lará, lará
Lará, lará, lará

Humberto Teixeira, dotô' do baião
Meu irmão de arte, vem até aqui dar o teu recado
Tamo' aí, compadre, mas quer saber, Luiz?
Eu já dei o meu recado

A bola agora está com Caetano, com Gil
Com Edu Lobo, Capinã, Téo, Sérgio Ricardo
Macalé, Nonato, Milton Nascimento, Gonzaguinha
Com o meu querido Tom Jobim
Com o jovem Vinícius
E outros tantos jovens de baião polinário

Bons toda a vida!
Mas eles foram muito bacanas, sabe?
Quando falaram e disseram que Luiz Gonzaga
Era um negócio muito importante
Na música popular brasileira

Com isso eles fizeram justiça ao velho baião
E eu e Luiz, demos um guia para o Brasil
Lá pelos idos de 46

Se me tocam o ramo dos louros do rei?
Claro, mas isso é outra história para a história
Vamo' lá, compadre, afina o fole!
Respeitando sempre os oito baixos de Januário

Nós 'tamos em 71
E o baião tá fazendo bodas de prata, 25 anos
Quanto a mim, gente boa
Que ninguém nos ouça, modestamente
Que vontade de voltar!

Lará, lará, lará
Lará, lará, lará
Lará, lará, lará...



Credits
Writer(s): Humberto Cavalcanti Teixeira
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