A Vez E A Voz Da Paz

Vê que a própria vida pra nascer requer amor
E o que se busca no amor é se encontrar
Um equilíbrio que permita não ficar mercê do mal

Se tal não houver o homem só, perdido em sua solidão
Fabrica um mundo onde o amor não tem mais voz
Não reconhece em ninguém mais um seu irmão

De ser humano, perde a condição
E em sua mente quase anormal
Napalm, obuses, canto marcial
A solidão formou um homem mau

E destruir passou a ser seu fim
E tudo corre para a dor final
Em cada morte vê-se renascer
Somente o sangue pode atenuar

O desamor que a solidão causou
Um ser assim não sabe construir
Forjado pela dor, só sabe destruir
O mundo quer matar

Pudesse o homem só saber o que é o amor
E lhe entregar o coração, e a razão
E haveria um poeta em cada ser

Se o mundo ouvisse o que o amante quer
Então seria a vez e a voz da paz
Seu porto é um corpo de mulher
E haja o que houver, seja o que o amor quiser



Credits
Writer(s): Paulo Sergio Kostenbader Valle, Paulo Roberto Machad Barros
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