Tertúlia

"OooH! parece que a gente tá vendo Uruguaiana vibrando com essa cantiga, e o Rio Grande todo, graças a Deus!"
Uma chamarra, uma fogueira
Uma chinoca uma chaleira
Uma saudade, um mate amargo e a peonada repassando o trago
Noite cheirando a querência nas tertúlias do meu pago.
Uma chamarra, uma fogueira
Uma chinoca uma chaleira
Uma saudade, um mate amargo e a peonada repassando o trago
Noite cheirando a querência nas tertúlias do meu pago.

Tertúlia é o eco das vozes perdidas no campo afora cantiga brotando livre, novo prenúncio da aurora
É rima sem compromisso julgamento ou castração, onde se marca o compasso no bater do coração.

Uma chamarra, uma fogueira
Uma chinoca uma chaleira
Uma saudade, um mate amargo e a peonada repassando o trago
Noite cheirando a querência nas tertúlias do meu pago.

"O pessoal na sala que tá assistindo o DVD, já...
O xiru tirou a xirua e já tão bailando, né?"

Uma chamarra, uma fogueira, uma chinoca uma chaleira
Uma saudade, um mate amargo e a peonada repassando o trago
Noite cheirando a querência nas tertúlias do meu pago.
Uma chamarra, uma fogueira, uma chinoca uma chaleira
Uma saudade, um mate amargo e a peonada repassando o trago
Noite cheirando a querência nas tertúlias do meu pago.

É o batismo dos sem nome, rodeio dos desgarrados, grito de alerta do pampa, tribuna de injustiçados. Tertúlia é o canto sonoro sem fronteira ou aramado, onde o violão e o poeta podem chorar abraçados.

Uma chamarra, uma fogueira
Uma chinoca uma chaleira
Uma saudade, um mate amargo e a peonada repassando o trago
Noite cheirando a querência nas tertúlias do meu pago.

Uma chamarra, uma fogueira
Uma chinoca uma chaleira
Uma saudade, um mate amargo e a peonada repassando o trago
Noite cheirando a querência nas tertúlias do meu pago.



Credits
Writer(s): Salvador Flores Rivera
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