A Carta
Refrão: Wine B]
Pai, escrevo outra carta
Já faz anos e a saudade maltrata
Com o tempo ela mata a esperança
Porque eu não tenho pai igual as outras crianças
Pai, escrevo outra carta
Já faz tantos anos, saudade maltrata
Com tempo ela mata o peito e a esperança
Porque não tenho pai igual as outras crianças
Gangorra balança, e o tempo passou
Quantas brincadeiras comigo cê não brincou
O moleque cresceu, adolescente virou
Cheio de pergunta sem resposta, aqui estou
Mais um dia, visitando meu pai sob olhar do vigia
Cadê os amigos e as gatas que te queriam
As top da jacuzzi sumiram na ducha fria
Minha mãe ta na luta, trampa a semana inteira
Corre mais que jogador e ganha igual faxineira
O vazio da geladeira ela tenta disfarçar
Situação piorou, não vejo nada mudar
Deve ser bem pior onde você ta
Mas isso não resolve as contas a atrasar
Ela sempre a se empenhar, vendeu até nosso carro
Gastou tudo o que tinha com advogado e cigarro
Dia dos pais, a saudade é infinita
Transferiram o senhor, impossível a visita
Sem aniversário, páscoa, natal
Difícil a gente sorrir com a alma estando mal
Todo ano igual, a espera continua
Eu triste dentro de casa, vendo os fogos na rua
Minha mãe se empenha, acho que até demais
Mesmo assim não diminui a falta que você faz
Querer voltar atrás, me diz quem não queria
Lembrei disso escrevendo seu nome na diretoria
Bati no moleque, xinguei o professor
Disseram que eu pareço muito com o senhor
O preconceito dos vizinhos tem ofendido
Muitos estão dizendo que eu também vou ser bandido
Mas não, vou trabalhar, vou estudar
Alegrar minha coroa que já cansou de chorar
Se mata de trampar, sofre de julho a julho
Vou lutar pra mudar, encher ela de orgulho
Mente de adolescente, o mundo pra desvendar
Eu sei que é difícil sem ninguém pra conversar
E quando você voltar vou te dar aquela gravata
Que eu desenhei no papel, num coração de lata
Olhando pro céu, chorando na vida ingrata
Enquanto você não vem...
Escrevo outra carta (escrevo outra carta)
Pai, escrevo outra carta
Já faz anos e a saudade maltrata
Com o tempo ela mata a esperança
Porque eu não tenho pai igual as outras crianças
Pai, escrevo outra carta
Já faz tantos anos, saudade maltrata
Com tempo ela mata o peito e a esperança
Porque não tenho pai igual as outras crianças
Gangorra balança, e o tempo passou
Quantas brincadeiras comigo cê não brincou
O moleque cresceu, adolescente virou
Cheio de pergunta sem resposta, aqui estou
Mais um dia, visitando meu pai sob olhar do vigia
Cadê os amigos e as gatas que te queriam
As top da jacuzzi sumiram na ducha fria
Minha mãe ta na luta, trampa a semana inteira
Corre mais que jogador e ganha igual faxineira
O vazio da geladeira ela tenta disfarçar
Situação piorou, não vejo nada mudar
Deve ser bem pior onde você ta
Mas isso não resolve as contas a atrasar
Ela sempre a se empenhar, vendeu até nosso carro
Gastou tudo o que tinha com advogado e cigarro
Dia dos pais, a saudade é infinita
Transferiram o senhor, impossível a visita
Sem aniversário, páscoa, natal
Difícil a gente sorrir com a alma estando mal
Todo ano igual, a espera continua
Eu triste dentro de casa, vendo os fogos na rua
Minha mãe se empenha, acho que até demais
Mesmo assim não diminui a falta que você faz
Querer voltar atrás, me diz quem não queria
Lembrei disso escrevendo seu nome na diretoria
Bati no moleque, xinguei o professor
Disseram que eu pareço muito com o senhor
O preconceito dos vizinhos tem ofendido
Muitos estão dizendo que eu também vou ser bandido
Mas não, vou trabalhar, vou estudar
Alegrar minha coroa que já cansou de chorar
Se mata de trampar, sofre de julho a julho
Vou lutar pra mudar, encher ela de orgulho
Mente de adolescente, o mundo pra desvendar
Eu sei que é difícil sem ninguém pra conversar
E quando você voltar vou te dar aquela gravata
Que eu desenhei no papel, num coração de lata
Olhando pro céu, chorando na vida ingrata
Enquanto você não vem...
Escrevo outra carta (escrevo outra carta)
Credits
Writer(s): Fellipe Pereira Amorim, Wine Carolina De Sousa Tiburcio, Jose Fernando Soares
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