Doce Sereia

Dispara um trem bala veloz feito luzes
E integra a estação razão à intuição
Por meio do teu nome ausente em mim reluzes
Enquanto um garotinho empurra seu limão
A blitz ali na frente diz que aqui a onda
Tá mais pro Haiti do que pro Havaí
Se as coisas nos reduzem simplesmente a nada
De nada simplesmente temos que partir
Que fazer agora?
Dispara o trem bala veloz feito luzes
Uma criança chora?
De nada simplesmente temos que partir
Produzir vibrações rotações girassóis
Danças saltos gravitações
Inventar novas metas e setas que vão
Disparar novos corações
O céu está nublado?
As nuvens serão tela para o filme que se quer projetar
Nas nuvens
Falo de ti
Dama que nunca se viu
Nunca o teu nome
Alguém já repetiu
Fada ou sereia
Em mil carnavais
Ela jamais
A mesma máscara vestiu

Falo de ti
Sempre passeias aqui
No calçadão
Da praia de Aparição
Deusa de areia
Quem nunca te viu
No branco mar
Que a tua imagem refletiu

Ô, beleza
Por que sambar assim?
Sem repetir nem
Um só passo
Sem chão
Num compasso sem tempo
Sem ter um fim

Ô, beleza
Por que te amar assim?
Boca que beija
Sem os lábios
Teus olhos fechados
Olham pra mim

Pra te encontrar
Quanto terei que andar
Quanto sofrer
Quanto saber
Que você não virá
Pra te deixar
A quem dizer adeus?
A minha voz
Repetirá os gritos meus

Quero te ouvir cantar
Doce sereia
Vou me deixar levar
Por amor

Vamos juntos nadar
Na maré cheia
Quem não morre no mar
Morre na areia

Vênus, Iemanjá
Que rosto esconderá
O véu dos nomes que tentam dizer
O que não se pode ver, não
Vamos viver nós dois
Sem antes nem depois
Pingos de chuva entre a nuvem e o chão
Esse é o nosso enredo

O que eu quero é sambar
Venha ser o meu par
Eu peguei tua mão
Pra nunca largar
Pra nunca largar



Credits
Writer(s): Joao Bosco, Francisco Bosco
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