Os Últimos Serão os Primeiros
Guerreiros, guerreiros, os últimos serão os primeiros
Os humilhados serão exaltados é só dar tempo ao tempo
Me lembro, de quando eu carregava uma caixa de madeira
Apesar dos pesares tudo era motivo de brincadeira
Quem é daquela época lembra como era bom engraxar sapato
Mesmo com medo, descalço, correndo do Juizado
Emocionado ficava quase todo dia
Vendo pessoas se humilhando, mendigando mixaria
Entre elas tinha uma mina que dormia na calçada
Da choperia onde eu trabalhava junto com a molecada
E quando chegava dezembro disso eu nunca esqueço
Eu ia pro sinaleiro com uma caixa pra pedir dinheiro
Tremendo de frio, ao relento ei tio! Eu deitava
No chão, da exposição agropecuária
Com a roupa manchada suja de graxa, entrava no restaurante
Tomava um caldo, um refrigerante e saía sem pagar nada
Pois o dono não me cobrava, porém injuriava
Ver aquele tanto de playboy me olhando com nojo e com raiva
De madrugada perambulava pelas ruas de Uberaba
Sem saber se eu ia amanhecer dormindo na minha casa
Trabalhadores, sofredores, que nem catadores de papelão
Eram proibidos de ficar pedindo e de exercer a profissão
Mesmo assim não virei ladrão, mas muitos viraram
Deixaram de pedir de viajar carro e foram fazer assaltos
É um assalto mãos ao alto! Fala isso não rapaz!
É melhor você falar: Vamos engraxar ai senhor vai?!
Porque o trabalho seja qual for tem o seu valor e dignifica
Por isso me sinto digno e valorizo o que passei na vida
Só pode crê sofri tanto que eu pensei que ia morrer!
Desanimado, cansado sentava na caixa e contava
A grana suada que eu ganhava da ralé e da playboyzada
Engraxava pra homem e mulher, batia a escova e dizia troca o pé
Também fazia um sambinha e cuspia pra dá brilho né
Enquanto as crianças brincavam os adultos tomavam cerveja
Me sentido na sarjeta caprichava pela gorjeta
Lavava com água e sabão, o Cromo Alemão do doutor
Passava Nugget com a mão, recebia um real e dizia obrigado!
O freguês pagava um salgado e ficava me perguntando
Se eu tinha família, onde eu morava, se eu tava estudando
Sem graça moço respondia todas as perguntas
Sempre pensando em tá ganhando uma boa ajuda
Coisa que nunca aconteceu naquela época
Era mais fácil ser bem ajudado batendo moeda
A pé ou de bicicleta eu ia trabalhar
E de Diplomata eu ia pro conselho tutelar
Sempre fugia de lá e na rua direto brigava
Com quem batia e roubava dos moleques da quebrada
Quando ia à rodoviária olhava os passageiros
Indo destino à Brasília, São Paulo, Bahia, Rio de Janeiro
Olhando aquele movimento vinha no meu pensamento
Uma idéia de viajar para "um bom lugar" sem sofrimento
Mas passei bons momentos com os meus companheiros
Humildes aliados que por mim são chamados de guerreiros
Pois sofreram como eu, varias humilhações e zombarias
Trabalhando com fome, no bar Sem Nome e nas choperias
Mas acredito que um dia nos tratarão com dignidade
Todos aqueles que indignaram e humilharam os engraxates
Só pode crê sofri tanto que eu pensei que ia morrer!
Guerreiros, Guerreiros
Os últimos serão os primeiros
Os humilhados serão exaltados é só dar tempo ao tempo
Me lembro, de quando eu carregava uma caixa de madeira
Apesar dos pesares tudo era motivo de brincadeira
Quem é daquela época lembra como era bom engraxar sapato
Mesmo com medo, descalço, correndo do Juizado
Emocionado ficava quase todo dia
Vendo pessoas se humilhando, mendigando mixaria
Entre elas tinha uma mina que dormia na calçada
Da choperia onde eu trabalhava junto com a molecada
E quando chegava dezembro disso eu nunca esqueço
Eu ia pro sinaleiro com uma caixa pra pedir dinheiro
Tremendo de frio, ao relento ei tio! Eu deitava
No chão, da exposição agropecuária
Com a roupa manchada suja de graxa, entrava no restaurante
Tomava um caldo, um refrigerante e saía sem pagar nada
Pois o dono não me cobrava, porém injuriava
Ver aquele tanto de playboy me olhando com nojo e com raiva
De madrugada perambulava pelas ruas de Uberaba
Sem saber se eu ia amanhecer dormindo na minha casa
Trabalhadores, sofredores, que nem catadores de papelão
Eram proibidos de ficar pedindo e de exercer a profissão
Mesmo assim não virei ladrão, mas muitos viraram
Deixaram de pedir de viajar carro e foram fazer assaltos
É um assalto mãos ao alto! Fala isso não rapaz!
É melhor você falar: Vamos engraxar ai senhor vai?!
Porque o trabalho seja qual for tem o seu valor e dignifica
Por isso me sinto digno e valorizo o que passei na vida
Só pode crê sofri tanto que eu pensei que ia morrer!
Desanimado, cansado sentava na caixa e contava
A grana suada que eu ganhava da ralé e da playboyzada
Engraxava pra homem e mulher, batia a escova e dizia troca o pé
Também fazia um sambinha e cuspia pra dá brilho né
Enquanto as crianças brincavam os adultos tomavam cerveja
Me sentido na sarjeta caprichava pela gorjeta
Lavava com água e sabão, o Cromo Alemão do doutor
Passava Nugget com a mão, recebia um real e dizia obrigado!
O freguês pagava um salgado e ficava me perguntando
Se eu tinha família, onde eu morava, se eu tava estudando
Sem graça moço respondia todas as perguntas
Sempre pensando em tá ganhando uma boa ajuda
Coisa que nunca aconteceu naquela época
Era mais fácil ser bem ajudado batendo moeda
A pé ou de bicicleta eu ia trabalhar
E de Diplomata eu ia pro conselho tutelar
Sempre fugia de lá e na rua direto brigava
Com quem batia e roubava dos moleques da quebrada
Quando ia à rodoviária olhava os passageiros
Indo destino à Brasília, São Paulo, Bahia, Rio de Janeiro
Olhando aquele movimento vinha no meu pensamento
Uma idéia de viajar para "um bom lugar" sem sofrimento
Mas passei bons momentos com os meus companheiros
Humildes aliados que por mim são chamados de guerreiros
Pois sofreram como eu, varias humilhações e zombarias
Trabalhando com fome, no bar Sem Nome e nas choperias
Mas acredito que um dia nos tratarão com dignidade
Todos aqueles que indignaram e humilharam os engraxates
Só pode crê sofri tanto que eu pensei que ia morrer!
Guerreiros, Guerreiros
Os últimos serão os primeiros
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