Maldade

Eu não reconheço o medo
Não provei, não quis
e nem fiz caridade
- Maldade...

Mas, não lhe faltei respeito
Por considerar o apreço e a hospitalidade
- Maldade...

Sopra um vento frio no meu peito
Molhando de vermelho o linho branco da saudade
Alguém quer me ouvir cantar sozinho
Mas eu não dar mais nenhum motivo e oportunidade
(Maldade...)
Pra dizerem por aí sandices
Que essa babaquice alheia vai tornar verdade

- Verdade!
- Verdade! Verdade! Verdade!

Correm nas esquinas novos vícios
Espoliam-se ouvidos, vozes e identidades

- Maldade!

E o que dizer do asfalto preto e corrosivo?
Com seu cheiro nos convida ao cortejo da Maldade!

- Maldade! Maldade! Maldade! Maldade!



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